Queres gritar ao mundo os teus direitos, queres fazer-te valer-te dos mesmos, queres dizer que queres que podes e transformas, mas sabes que o teu tamanho não intimida, nem morcegos ou titãs, porque as saudades mirraram-te à insignificância de um insecto e és tão pequeno, que só queres esconder-te, para onde seja fácil fugir, onde ninguém vê a tua tristeza, ninguém te vê as lágrimas caídas, ninguém te apontará o dedo ou chamará de fraco, ninguém saberá.
Não queres mostrar o que levas dentro com o peso de uma tonelada, não queres mostrar o quanto sentes saudades e a imagem que projectas é tão frágil, tomba à menor brisa primaveril, e a tua figura sumptuosa e forte, desmorona perante um mundo cruel que se diverte com a tua mágoa, e a saudade enroscam-se e tapa-se com o manto da tua alma, o que te corrói mantém-se e esticam-se os de dedos gozões apontados na tua direcção, nesse imenso universo.
Consegues por fim perceber que o único factor castrador és tu, preferes sofrer a reagir, porque ergues a chama do orgulho, mas lembra-te que é um orgulho cheio de saudade, saudade que te fará encolher ao tamanho de um monocelular que transporta o peso de uma bigorna no alto da cabeça, liberta-te e voa em direcção ao que mais te importa, a esse ermo com vista para o imenso mar, para o sol ou lua, para ti.
Os dedos acusadores render-se-ão perante a tua indiferença.
Puta Valente
2 comentários:
n tendo nada a ver... o titulo do post fez me lembrar um comentário da Paciente para a Amigavel "tu és leve como uma pluma, eu é k sou fraquita"
Lembram-se?
como me poderia esquecer? ;oP
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