sexta-feira, agosto 31, 2007
1 2 3 e... FILHO/A DA PUTA!!! (nunca soube se era do genero masculino ou feminino)
FORAM GRANDES!!!! SIM SR.!!! E NÓS A BOMBAR LÁ NO MEIO :D
MARAVILLE!!!
quinta-feira, agosto 30, 2007
De volta às teorias Bífidas
Outra questão importante e nesta gostaria da opinião masculina… eu acho que nós mulheres somos demasiado paranóicas com as cuecas e soutiens… por acaso algum gajo repara nisso, se for a primeira vez que levam uma gaja para a cama? Aquela primeira vez mais frenética em que tudo aconteceu do nada!! Eu acho que estão mais ralados em tirar, do que em contemplar se tem rendas ou é de cetim… eu acho que vocês pilas, só dão mais relevância a isso após algumas quecas dadas… mas se assim o é… então por que raio nós mulheres somos tão paranóicas?!? Depois outra coisa estúpida… PORQUE RAIO QUANDO HÁ PILA NA PARADA, A DEPILAÇÃO ESTÁ SEMPRE IMPECAVELMENTE FEITA, MAS SEM PILA NA PARADA, ENTÃO DEPILAÇÃO QUE SE LIXE?!?!? Parece que só fazemos depilação para os homens!! E só depois de ele estar cá bem preso, é que nos voltamos a baldar! Afinal se gosta de nós, gostará de qualquer forma! Não seria muito mais proveitoso para todos, se a depilação estivesse por fazer… o cuecão bem colocado… se um gajo se apaixonar por isto… então gajas… o mais provável é que ele goste mesmo e queira mesmo estar convosco! Nós mulheres e as nossas paranóias parvas e completamente desadequadas da realidade masculina. Complicamos tanto, mas tanto, mas tanto, que até nestas pequenas coisas temos a mania de complicar! Merda de condição Feminina!
Puta Bifida
Do Panamá a Paris
Naquele meio mal, meio bem,
Meia-luz, meia-dor
Lá vai a lua no alto daquele céu feito de pedra
Azul pálido, cinza rosa…
Lá vai… leva o segredo que lhe deixei,
Fria, com a testa marcada do beijo que te dei.
Sento-me na pedra que alguém de alma conspurcada
Lavou com o vigor de mil bestas,
Embebida em lixívia, deixando-a imaculada.
O cheiro do alecrim da minha infância,
Invade-me a mente e a roupa,
Deixa-me nostálgica,
Lembro-me do cuco Pedro e do pardal Simão…
Sinto a sede da água da prata que bebi,
Do céu carregado de estrelas, nas noites secas de verão.
Inocência guardada na falange do mindinho esquerdo
Que fez bolha e rebentou quando te vi…
Ferida alastrada pelo corpo e pel’alma,
Dor que veio contra mim e se agarrou.
É parede o que tenho em redor de mim?
Prendeste-me nesta angústia,
Sabes de onde me tiraste,
Fizeste de mim a tua puta,
Sabes o que me perdi,
E a inocência que me deves nunca poderás pagar.
Sabes que te amei com a intensidade dos oceanos juntos,
Rasgaste-me a alma e violaste-me o corpo.
Não esperavas a rebelião, pois não?
quarta-feira, agosto 29, 2007
O adeus
"Half-length Woman Lying on a Couch" por COURT, Joseph-Désiré - 1829 - Paris
A febre passou,
o sentimento volta a ter relevância.
Quanto de ti está comigo?
Para ti nada,
mas muito.
Vejo o adeus, o que sinto?
O vazio.
Algo de mim irá contigo?
Muito?
…
Não te preocupes, não me magoas.
Apenas sente-te bem.
Pagaste para isso.
terça-feira, agosto 28, 2007
Estupido
Eu li esta mensagem e não pude deixar de rir… dar os parabéns? A quem? À minha mãe por me ter parido?!?!? Agradecer? Agradecer a quem? A mim? Porquê? Porque tenho uma pagina de hi5? E agora o mais extraordinário este moço através apenas e só apenas no meu perfil de hi5 acha aquilo tudo que citei! Agora digam lá se os homens não são uns cromos de primeira categoria? Eu aposto que este texto está redigido e guardado para tudo quanto é gaja… tanto é, que fui vasculhar o perfil do dito cujo e o moço só tem gajas adicionadas… Copy Paste para tudo o que tem fanfa e voilá… as gajas adicionam a criatura! Não sei quem será mais estúpido, se ele se as gajas que acreditam nesta tanga! Este é o grande exemplo da cantiga do malandro que todas nós conhecemos! E ainda há mulheres que acreditam nisto?!!?? COMO É POSSIVEL? Reparem em outra coisa…. Primeiro agradece a minha existência… depois pergunta se existo! TENHA NOÇÃO… não. Não existo! Sou um munhanho! Munhanho informático!! Ora por amor de Deus, homens, não façam o que este gajo fez… é aquele exemplo que não se deve seguir, porque por muito que muita mulher esteja desesperada, é algo que diminui substancialmente o já diminuído valor de pila!
SIMPLESMENTE VERGONHOSO!
Puta Bifida
Avec la Grace
hs00.mp3 | Tracy Lord: | With your background and taste and intelligence, you could have become a serious composer, or a diplomat, or anything you wanted to be. And what have you become? A jukebox hero! High Society (escolher guardar destino como...) |
Este post é dedicado a Grace Patricia Kelly, uma das mulheres mais admiradas do mundo, sinónimo de beleza, elegância e estilo.
Grace Kelly nasceu em 1929, em Philadelphia, Pennsylvania, e desde muito cedo decidiu tornar-se numa actriz, estudando na American Academy of Dramatic Art simultaneamente com a carreira de modelo em New York antes de se mudar para Hollywood. Já em Hollywood, participou em filmes como High Noon, Dial M for Murder, High Society, entre outros.
Em 1956, casou-se com o Principe Rainier Grimaldi III do Monaco tornando-se Her Serene Highness Princess Grace of Monaco. Devido ao seu estatuto de realeza viu-se obrigada a abdicar da sua carreira cinematográfica de sucesso.
Deixou-nos a 14 de Setembro 1982 devido a um desastre de automóvel nas montanhas do Mónaco.
Para além de ser uma grande Diva na sua altura, Grace foi uma Rainha... Pode-se sem duvida tirar uma grande lição de vida, que os sonhos estão ao alcance dos dedos, e Grace teve força suficiente para os agarrar.
Um grande avec la Grace, que a Graça do Senhor a tenha.
segunda-feira, agosto 27, 2007
Para quem não confia...
Como "divulgadora de cenas frikazoides", estou a citar a Valente, deixo aqui a solução para a Puta ou menina de bem que não confie no seu par.
terça-feira, agosto 21, 2007
Desapareço
perco-me numa imensa liquidez transformista de realidades,
perco a forma e a cor, deixo de ser,
fico embutida em paredes rugosas,
que se movem com a vontade alheia,
e me engolem com sofreguidão.
Desapareço ao milímetro
com o passar de um milhão de anos,
e assim perco uma imensidão de mim,
com o bater do segundo no coração,
perdendo a garra do leão,
sem conseguir olhar para a lua e sentir na pele a luz do dia.
Tropeço nas pedras do caminho de areia fina,
são de pó os meus pés, é efémera a minha matéria,
a minha vontade é mais dura que aço betonado,
trago na janela posta uma porta blindada,
das mãos faço cilindros
e atiro-me com o rugir de uma coragem que não parece minha, mas do mundo.
Dissolvo-me na sociedade,
perco gotas de sangue no silêncio da escada e da estrada,
perco-me nas vielas e encontro-me em janelas furtadas,
espreito luzes e ando em sombras minhas e esquecidas,
mudo com o tempo e sinto na pele a incapacidade de ser sem querer, e de querer sem gritar…
são gritos o que trago no olhar, na boca muda, apenas um beijo, que nunca será para dar, apenas para morrer.
segunda-feira, agosto 20, 2007
domingo, agosto 19, 2007
Coincidência? Não me parece!
sexta-feira, agosto 17, 2007
Deitar cedo e cedo... BAH!
Definitivamente não fui feita nem para me deitar cedo nem para acordar cedo!
Pois é caras putas não tenho andado no melhor dos humores, mas para uma criatura da noite é tortura andar a ser privada do conforto do leito tão cedo.
Tendo isto em conta eu que já não sou uma criatura fácil de roer, torno me muito mais caustica e intolerante.
- não fui simpática para quem me pede informações
- não deixei que ninguém me passasse à frente no transito
- não falei com quem me aborrecia
- às criancinhas irritantes só me faltou empurrá-las para o meio da rua.
- electrodomésticos e aparelhos tecnológicos em geral que não funcionassem na perfeição logo à primeira foram parar ao meio do chão
- não suportei queixumes nem lamentos
- não aturei clientes
quinta-feira, agosto 16, 2007
Feriado
Que simpatia! Que elegância!
E que competência!
Notava-se que levavam o oficio a sério.
Chegadas à praia, nem um vislumbre de sol, mas resolvemos estender a toalha e desfrutar da companhia (em tempo de férias as putas dispersam-se e não botamos o olho em cima de algumas há já algum tempinho).
No meio de amena cavaqueira notámos que principiava a chover, aquela chuvinha chata que molha gente tola, mas como não o somos resolvemos ignorar a dar uma espreitadela à água que nos apresentava um vai-vem convidativo.
E eis que, delicia das delicias, a agua estava muitíssimo maravilhosa!
Banhámo-nos com alegria e só reparámos que tinha chovido a sério quando encontrámos o guarda sol a pingar.
Olhámos para o céu preocupadas mas logo vimos pequenos rasgões de azul por entre fofas nuvens cinzentas. Resolvemos, esperar, secar com calma e só depois decidir se abandonávamos a praia e os nossos planos de um dia à beira mar.
Palavra puxa palavra com histórias de vulvas traumatizadas e engates rejeitados, quando reparámos estamos debaixo de um sol abrasador que nos percorria a pele queimando a e que nos impelia para dentro de água.
Entre mergulhos, banhos de sol, brincadeiras na areia, sestas, nudistas, borboletas esvoaçantes e um jantar magnifico numa tasca bejense regado a insólito, sangria e vinho da casa, foi um magnifico dia!
O festival dos sentidos
Doce toque, que me derrete a pele como o passar despercebido de formiga isolada, arrepia-me, e deixa-me queimaduras que só eu sei ver.
Suave paladar, que se grava nas minhas entranhas, garantindo um sempre que nunca teremos tempo para alcançar.
Cega visão, que te sabe o nome de cada poro da pele e sem se enganar, trata-os a todos por tu; garantido que a intempérie não será problema. Saberei sempre se tu és tu, para que eu possa ser sempre eu.
Oiço-te arfar junto ao meu pescoço e guardo o cheiro do teu gemido, num frasco de vidro, tapado com rolha de cortiça; guardo-o numa bolsinha de veludo azul, e nunca o abro, com medo de o perder…
Aperto-te contra mim, o meu peito esborracha-se no teu, oiço-te o latir do coração, sinto o meu descompassado, por ti. Pula de agonia ao ver-te partir, e acima de tudo pula de alegria por te ter. Perdemo-nos num beijo, a pele funde-se, o espaço une-se, um violento sismo para nós, um sopro de brisa estival para os outros.
Congelei o momento, para que não possa ser roubado por piratas.
Porque sei que há lá fora um sofrimento à minha espera.
A grande custo.
Sentia-se demasiado pesada…
Desalentada, perdida, a coitada…
Não queria o mundo, porque o mundo não a queria
“Vem, não sejas tola, o mundo adora-te”
Disse-lhe eu, como ela costuma dizer-me…
“Não sejas narcísica”
Respondeu ela como se eu fosse…
Somos uma, com ideia de duas…
Vem, que tenho mais um dia a viver,
Tu já viveste muitos, eu só tenho estes,
Com ou sem amarguras.
Tenho um mundo lá fora que não conheço…
Ainda falta muitas pedras para receber.
Tenho que ser vaiada!
Quero sentir a dor da rejeição…
Que venham as angústias maiores que o coração,
e ocupam todo o corpo.
Que este fique inerte de desgosto…
Que me caiam das mãos as alegrias conquistadas,
Que sinta a fome do amor,
Do estômago, e de todas as coisas boas.
Ainda não vi raios caírem sobre mim,
Quero cortar pele para nunca mais crescer.
Preciso de sofrer!
Para aprender a valorizar o que de bom tenho conquistado.
segunda-feira, agosto 13, 2007
Jóias alternadeiras
E não é que as Putas cumpriram?!
sexta-feira, agosto 10, 2007
O que é que tens?
Libelinha aproxima-se com o passo pequeno, procurou-lhe a expressão com os seus grandes olhos brilhantes, que nem missanga de colar de Madame, e cumprimenta:
- Olá, rrrrriiiqueza! Como estás?
Caracol, até então cabisbaixo e meio parado, ergue a cabeça e depara-se com espelhos, a que a desavergonhada chama olhos, protege-se das ofuscantes missangas com os seus cornitos e responde muito arrastado:
- Na…da…
- Ui! Quem diria!.. que com esses olhos vidrados não me enganas! Estás doentinho, amigo…
- Nããã…o… só uns … espirros… dores de …cabeça e garganta… E também … tosse! Cof…cof
- Ah! Então sempre tens alguma coisa!... e que já tomaste
- Nada, é só uma constipação de verão
- Aaaah! Mas são as piores… devias tomar qualquer coisa.
- Não é necessário…
- Vitamina C!
- Já tomei…
- Ou então anti-gripe
- Mas não vou prevenir nada, se já estou assim…
- Anti-inflamatório!
- Mas eu não quero…
- Fruta fresquinha!
- Mas…
- E porque estás na rua? Devias ir pra casa. Porque não vais tu para casa?
…
(Silêncio)
- Oi! ‘Tás a ouvir?
(toc toc toc, cutuca ela na carapaça do caracol, agora recolhido)
- ‘Tás aí? ‘Tás bem? uuu-uuuh! Caracol? O que é que tens!
- NADA! JÁ DISSE QUE NÃO TENHO NADA, CHATA DE MERDA!
quinta-feira, agosto 09, 2007
Ironia!
quarta-feira, agosto 08, 2007
Vermelho, hoje levo vermelho nos olhos
Sai de casa à pressa, vesti o sobretudo que tanto pesa, mas com o frio que trago na carne e na alma, sei que me será útil.
Caminho pela rua movimentada da urbe, encolhido em mim, levo as mãos nos bolsos, num bolso tenho a carteira e as chaves do carro, no outro, trago vermelho…
Tiro devagar as chaves do carro, e devagar entro nele, devagar parto… vou decidido procurar uma puta.
Sei onde as encontro, mas hoje quero um anjo, que há muito me escapa, por não ter eu a coragem de me aproximar, por saber o quão difícil é leva-la dali… esta tem segurança, tal como a sua higiene e saúde são garantidas, e tantos outros condicionamentos que me levaram a preparar tudo com mais cuidado.
Ela sabe que vou até lá, programei esta noite, falei com o “ segurança”, negociei com bom dinheiro… vi-lhe o brilho nos olhos ao mencionar os zeros… desconfiou, mas convenci-o com o meu ar de homem solitário, rico e discreto, com uma paixão platónica por uma das suas putas. Não lhe pareci inofensivo, pelo contrário, consegui a sua pena e a autorização para a levar dali.
Vou leva-la a passear, aposto que as suas noites são passadas, num mesmo quarto fétido de uma pensão vadia, em que não tem tempo para sair da cama, e o cheiro de vários lhe invade o espírito de puta, tentando ignorar que e simplesmente um objecto sexual, desejada pelo uso, pela disponibilidade, pela fragilidade. E também pela sua pele plácida, cabelo negro brilhante, cheio de ondas carregadas de volúpia, boca fina, olhos grandes de um verde-claro que lembra o mar nos dias de verão passados em praias vicentinas.
È livre de fazer o que bem entender durante o dia, pode ir as compras, onde compra o que quiser, pode dormir, ir ao cinema, ao teatro, qualquer coisa, desde que dentro dos limites impostos e sempre com a devida vigilância; não pode contactar a família e convive apenas com as outras do bordel; saem em grupo e são desdenhadas pelas beatas ao passar… estão habituadas, pois sabem que mesmo lavadas, tem o cheiro do sexo fortuito na pele perfumada.
Chego ao local combinado, lá está ela, com um vestido laranja que lhe realça as ancas, o seu grande potencial, o decote é em “V” sobressaindo as redondas e pequenas mamas; traz as unhas pintadas de um vermelho repetido com o dos lábios finos, rectos e duros, parece-me contrariada… Ao seu lado um dos “seguranças” que a acompanha até ao carro, abre-lhe a porta, ela senta-se e ele olha-me nos olhos, e num jogo de intimidação, dão-se os segundos de silêncio, saltando a respiração máscula e cospe as seguintes palavras “a devolver as horas combinadas, nem mais, nem menos…” meneio a cabeça, espero que cerre a porta com a sua brutalidade inerente que muito em putas bateram, continuam a bater e continuarão…
Espero que coloque o cinto de segurança, procuro-lhe os olhos, e de fugida vejo-lhe a indiferença. A indiferença pela sua condição de vendida, pela sociedade, e acima de tudo, a indiferença por si própria.
Incomodou-se com o silêncio, enterrou o corpo miúdo no banco maior que si, e decidida começou a falar, explicava-me as condições, o uso obrigatório do preservativo… interrompo-a perguntado calmamente se está nervosa, responde-me de imediato que sim, - é normal… - digo-lhe, e assim renovei o silencio, quebrado por mim, quando parei no miradouro da cidade, dali senti-me tão grande.
Convidei-a a sair do carro, a noite estava quente, e o vento soprava calmo, expliquei-lhe a minha ideia, que tencionava possui-la no capôt do carro, não pretendia muito mais dela que me fingisse algum carinho, e que se deixasse dominar por mim. Deu-me o seu consentimento para troca de beijos, prática pouco usual, mas…
- Pediram-me para te tratar bem, e que te cedesse com facilidade, pois pagaste muito bem e a pronto. Não sei quanto, mas deve ter sido bastante…
- Nem interessa. Vem cá…
Aproxima-se de mim, lenta, pouso-lhe as mãos nos ombros, percorro-lhe as curvas, até ao limite do vestido que tiro num movimento; protege as mamas com os braços, não de frio, mas com um pudor que me excita ainda mais. Tiro o sobretudo, coloco-o em cima do capôt, para nos servir de leito, volto-me para ela novamente, ainda abraçada a si, com violência afasto-lhe os braços cruzados e protectores, vislumbro um par de mamas fenomenais, brancas, como as putas francesas… atirei-me a elas com toda a sofreguidão, abocanhei-os como se fosse um crocodilo do Nilo, larguei-lhe os pulsos e vilipendiei-a entre pernas com dois dedos, fundo e agressivo, até ouvir o gemido de dor, mesclado no prazer de cabeça toldada para trás… fraqueja as pernas, seguro-a pela cintura, viro-a de costas para mim e mordo-lhe o pescoço, empurro-a contra o capôt, onde estende os braços ao alto formando um “V”, como o seu decote, e com as pernas um “V” invertido perfeito, deliciando-me com a visão do seu âmago feminino, sinto-lhe o cheiro da excitação.. penetro-a com ganas, ergue a cabeça e liberta um grito:
- AAAH!
Agarro-a pelas ondas dos longos cabelos, chego-me ao ouvido e pergunto-lhe:
- Gostas, puta?
- ãh-hã…
Continuei as investidas, violentas, duras, cerro os olhos e vejo vermelho, viajo pela cor líquida, sinto o calor da cor nas mãos, sinto o cheiro, atinjo dos orgasmos mais violentos da minha vida e cheio de prazer…
Ainda ofegante, mas mais calmo, de mãos apoiadas, abertas, libertas de culpas, abro os olhos, vejo o corpo de pele plácida, inerte é minha frente, chego-me mais perto, deito-me sobre aquele quente excitante, sinto-lhe o cheiro férreo. Corre o sangue, lento.
Estou tão feliz que a cova que fiz é a maior que alguma vez cavei, proporcional com o prazer conseguido. Atiro para lá este peso, que agora não passa disso. Perderá o encanto que um dia o mundo viu… Retiro a matricula falsa do carro, volto ao meu mundo asséptico, e parto em direcção a casa, bem longe daqui.
“A esta tinha que a livrar da dura vida que levava, coitada…” penso para comigo, estou orgulhoso, feliz e com vermelho os olhos.
Uma mulher precisa de três animais na vida.
De um tigre na cama, que arranhe, rosne e aperte enquanto possui à bruta, por trás, e agarra pelos cabelos; mas sempre sucumbindo às manipulações femininas que ela traz no bolso e umas boas chicotadas…
Por fim, de um camelo, para pagar as contas.
Quanto pesa uma corrente?
Pesa-me o fogo que trago dentro.
Que não tem cor,
Que não tem forma.
Como todas as nuvens que vou pisando.
Apenas me encontro.
Afinal a ansiedade que me habita tem razão,
O meu querer imediato de liberdade não existe.
Tira-me o fôlego…
O movimento e a força também.
Rodopio pelo ar, em queda livre,
De uma nuvem que me expulsou,
Porque não fui valente o suficiente,
Porque as palavras me abandonaram e dei lugar a lágrimas.
Ainda com a esperança de liberdade…
Embrenho a cara nos cabelos, que absorvem sôfregos o sal das lágrimas furtivas e lentas.
Deixei a névoa junto de uma nuvem que continua sem se mostrar,
Apenas lhe sinto a desilusão, no meu sangue,
Sangue com a sua essência,
Desilusão que me domina.
Passas por entre estes dedos que te tentam agarrar,
Foges e escondeste-te nessas sombras que me habitam…
Efeitos do calor…
Passa a mão pela testa, deixa-a escorrer pela face, devagar e pára-a no pescoço, retorna a mão húmida à pálida face e passa os dedos pelos lábios carmim, sentido o salgado do seu suor.
O calor consome-a… Senta-se à porta e levanta um pouco a saia, acaricia as pernas com a urgência de quem sente saudades, ansiosa procura a animosidade húmida que a habita entre as pernas, está aí mais húmida que no pescoço… leva a mão à boca novamente, e é ainda mais salgado… Não aguenta a tensão, a ansiedade consome-a, está agora ofegante, a sua mão torna ao seu interior, enrubesce, geme, de perna aberta, saia levantada e dois dedos dentro de si, agita as ancas, como uma louca coordenada. Dá o grito final, que acorda o silêncio do bosque, agitando as folhas de copas elevadas, pelo voo agitado das aves lestas e desconhecidas. Vem até si o seu amigo canoro, preocupado, encontra-a felina, mas o seu olhar ainda é doce, não há que teme-la… aproxima-se e ela pergunta num sussurro lânguido: