Acordei com o apelo da minha alma perdida, não percebi se trazia murmúrios, lamentos ou agudos gritos, mas senti-lhe o cheiro de imediato. Vinha impregnada de caramelos com recheio de chocolate quente, trazia na algibeira, do seu bibe de alma-criança, um papel com caracteres que não decifrei. Aproximou-se séria, estendeu-me a mão, sempre de olhar cravado em mim. Sinto-lhe a desaprovação, não compreende a minha angústia...
Com a rudimentar dicção que trago entranhada na pele, digo-lhe em lamento fino, sumido - Não vês alma, querida minha, companheira de eternidades, que nada consigo além desta lágrima perdida?
Mostrou-me num aperto do abraço, as cascatas de histórias, gravadas no seu cabelo, que a lágrima era de alegria... só me queria perguntar o porquê da minha angústia...
Até a minha alma é puta!...
terça-feira, junho 05, 2007
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2 comentários:
Isso, comigo, o doutor disse que era o síndroma do peter-pan... Agora com gajas não sei, deve ser o da cinderela...
Humm...
Nah, não deve ser.
Não me consta que tenha sido puta
Cinderela?
Detesto a Cinderela!
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