terça-feira, setembro 25, 2007

É

É calada que fico
é no silencio que padeço
é na mente livre que vejo
é na alma que sinto

é no coração que sangro
é na pele que sinto
é no beijo que permaneço
é na queda que enlaço o mundo
é no voar que existo
é na imaginação que me perco
é na palavra que me desvaneço
é na doçura que me embalo
é na perda que choro
é na pedra que me sento
é na nuvem que tropeço
é na agua que morro
é na pele que me escondo
é no carpir que escarneço
é no ouvir que procuro
é no ver que me engano
é no sentir que não sinto
é na mão que me mato
é no sangue que me vejo
é no ar que de desvaneço
é na tortura que me reconheço
é na alma que bracejo, num alento que não existe, neste ar contaminado, sôfrega inspiro!...
e no fim… adormeço.


1 comentário:

Abssinto disse...

Pois, é no fim que adormeces... Jolie.

bj