quarta-feira, novembro 08, 2006

Luxúria de Lilith


Em sentimentos só meus, incompreensões distantes de epopeias já perdidas, caio na angústia de separação do gado, sinto o grito do macaco, berro pela liberdade de poderes desconhecidos, apelo à beleza do mundo, da vida e não os compreendo.


Grito, esperneio e não encontro o que procuro, desconforto caído nas narrações infantis, esquecidas, colocadas de lado, porque afinal nunca lá estiveram, foi sempre ausente, minha doce inocência, caída na falésia, rebolou formando uma bola de lama, apresentando folhas caídas das minhas vidas, não me aproximo, sinto asco, é escuro e possui-me o medo, fujo e deixo-me levar por promiscuidades, perversidades, eloquências, sou devassa e com sorriso escondido e olhar carregado de sombra, arrasto para a luxúria, procuro tentações, minhas e alheias, devassidão que me inunda as veias, aspergindo sangue contaminado de tesão, não há quem lhe escape, não há resistência, porque no fundo torcesse o nariz, mas toda a gente procura a promiscuidade.


A inocência? Essa continua a rebolar falésia abaixo, causando repulsa, procuro-a, mas não tenho coragem de me aproximar, no final grito de revolta, mas rio baixinho, atiro o pescoço para trás lânguida, porque gosto…

Puta Valente

3 comentários:

Puta disse...

Epah, ja falei ctg, mas preciso que o resto do mundo saiba que acho que este post está SUBLIME!

Puta Arrogante

Anónimo disse...

Sublime??? És mesmo uma Arrogante!! Este Post está sim de uma magnificiência sem precedentes! Isto é que é amor à profissão! apelo às putas deste país que leiam a luxúria de Lilith, sei que algo de muito bifido, mudará dentro de vós!

Ludmila disse...

És luxuriosamente fantástica...


Lilith... A GRANDE ;)