quinta-feira, novembro 16, 2006

Imoralidades


Embrulho-me no meu próprio ruído, ensurdecedor para mim, para o mundo o silêncio, vivo com o reboliço do pensamento que me consome de tão rápido que corre, atropela-se, transforma-se em névoa, nada sobressai, nada fica, nada marca, apenas continuo com esta velocidade alucinante de pensamento a suplicar por consumo, gritante, transforma-se em palavras sem nexo, cobertas de culpas, de moralidades, com o peso do ego, com a vontade de fugir e mostrar-se ao mundo tal como é, sentindo a força de palavras incompreensíveis, plenas de angustias, medos e solidões em mim, para o mundo... vazias...
Haverá sempre uma imoralidade a apontar-me, um dedo na minha direcção, cairei sempre em tentação, mas continuarei minha, satisfeita e sem explicação, a respirar o mesmo ar,saturado de partículas cortantes e tóxicas, do falso moralista, com a mesma consciência e formação, serei sempre eu, valente.
Mas também eu por vezes desfaleço e caio num chão frio, rugoso, agressivo… de lá és tu quem me tiras…
Puta Valente

3 comentários:

Puta disse...

Perante isto há pouco a dizer...
porque qualquer coisa que se diga soa a muito simplezinho...mas a vontade de elogiar é grande portanto aqui fica o meu: ADOREI!

Puta Arrogante

SeñorDeLosAnillos disse...

existe algum formulário para preencher para me candidatar a puta? ou é um clube hermético???hein?

Anónimo disse...

É hermético, carissimo, no entanto existem requesitos de ingresso em tal ordem... continua interessado?