quarta-feira, novembro 29, 2006

Mais um vez...a Barbie!

Nas minhas deambulações pela net deparei me com vários exemplos da Barbie que não posso deixar de partilhar convosco. Há para quase todos os gostos, pó menino e pá menina, para os crentes e ateus, para os sensiveis e para os mais hard-core, para os...enfim, cá vai!

Vou começar pela Barbie Boooooooom, já aqui falei dela, encontrei outa imagem do modelo, que desta vez aparece com um saco de explosivos fashion e não resisti em mostrá-la:



Barbie Crucificada, para os adoradores de cristo e todos os católicos ferverosos. O seu Slogan é "acontecia há 2000 anos atrás, pode muito bem voltar a acontecer!" (Ok, confesso que me escapa se também crucificavam gajas, mas os tempos agora também são outros.)

Barbie 666, é a arqui inimiga da anterior e serve para lhe fazer o contraponto. Os dois modelos ilustram a diferença mitica entre o bem e o mal...AH, os satânicos adoram este modelo!


Barbie Islâmica, este modelo vem com poucas roupas porque já vem com o véu incorporado.

Barbie Lésbica, este modelo vem com uma série de acessórios masculinizados e a segunda boneca não está incluída.


Barbie Direitos Humanos, este modelo está, obviamente, a sofrer e o seu propósito é explicar às crianças porque é que não se deve bater nos irmãos..

Barbie McDonalds, este é um modelo americano...pode não parecer mas também tem um lado educativo. Segundo o que consegui apurar é qualquer coisa como "trabalhar e consumir na industria de fast-food é bom mas toma muito cuidadinho, senão ficas...

ASSIM!" Cá está a Barbie Obesa, este é, obviamente, outro modelo americano. É de reparar que apesar de rechochuda a Barbie não perdeu o seu encanto. O que prova que a beleza dela não se encontra naquele corpinho quase impossível de alcançar.

Barbie Sem Botox, o seu objectivo é mostrar às crianças como é que verdadeiramente se envelhece, ou envelhecia, ou como deveríamos envelhecer se não recorressemos à cirurgia estética.

Barbie Transexual, este modelo tem uma história engraçada, foi feito a partir de um boneco amigo do Ken, era o Boris, nome rude que escondia no seu interior uma das criaturas mais delicadas do mundo encantado dos brinquedos.

Santa Barbie, porque a nossa cultura ocidental está carregadinha de simbolismos religiosos, a Barbie não é excepção e cá está este modelo a prová-lo! A Barbie na sua máxima simplicidade, desnuda, sobre uma nuvem cor de rosa a abençoar uma criançinha chorosa. (Lindo e comovente!)

Barbie Table Dance, modelo para meninas (ou meninos) mais imorais. Reparem que o seu corpo é todo articulado de modo a conseguir reproduzir todos os movimentos de uma verdadeira dançarina ex(r)ótica. Vem com o varão, mas os clientes e o dinheirinho são vendidos em separado.

Barbie Ella Matadora, modelo espanhol de grande sucesso no país vizinho. este modelo vem com bastantes acessórios, são eles o touro "Paquitto", a capa vermelha e as bandarilhas.

Barbie Segurança Social, modelo que demonstra às criancinhas o que pode acontecer se levarem uma vida desregrada, um filho de cada pai, vicios vários e um péssimo gosto para escolher vestidos de parturiente.

Barbie Sado-Masoquista, modelo que muitas vezes é confundido pelos mais incautos como sendo a Cat Woman (muitos progenitores compram-no para as filhas e dez anos mais tarde estranham o facto delas terem algemas e chicotes na gaveta da mesinha de cabeceira). É a representação da dominadora, vem com todos os acessórios que se possam imaginar, correntes, máscaras, chicotes, algemas, etc...

A Mona Barbie, elogio a Leonardo Da Vinci e à sua mais emblemática e misteriosa obra.

Barbie Galdéria, modelo americano, é frequentemente confundido com a Barbie Cheer Leader e portanto tem muita saída nos States. A sua maior particularidade é a facilidade com que perde as cuecas e aparece na cama de vários jovens universitários (bonecos, é claro!)

Barbie Cadeira de Rodas, o modelo inclui como é obvio a cadeira de rodas e uma quantas sessões de fisioterapia. Este modelo vai ser lançado em portugal juntamente com uma campanha de prevenção rodoviária, já que nem a Barbie escapou aos acidentes nas estradas nacionais. As avós das crianças conhecem este modelo como Barbie Coitadinha.

Por agora é tudo do rosado mundo da Barbie, voltarei assim que houver novidades de vulto.

A vossa correspondente Barbiana, Puta Arrogante

terça-feira, novembro 28, 2006

Entranhas-me


Flutuo nas gotas de água caída, dissolvo a minha essência nessa água perdida, sinto a violência da queda, de nuvens intocáveis até à terra, com velocidade de projecteis cuspidos, indesejados… batem-me na pele e queimam, dissolvendo-me com a facilidade do açúcar em fino pó, e aí fico, perdida em cada gota que se prende e expande na terra, perdida num telhado, perdida numa peça de roupa, perdida no cheiro a molhado… e tu com a tua sagacidade aspiras esse odor, cobres o nariz com o invisível, absorves-me com fervor, permites-me ficar-te na memória, cheiras-me com intensidade, fico-te na saudade, e passas os dias a recordar-me, quedaste num canto, esperando ansioso pela próxima chuva, pela próxima percepção, porque sabes que vais encontrar-me, dissolvida para ti, perdida no mundo… vês-me como a tua inviável fantasia, mas tens-me gravada na memória como ninguém alguma vez conseguiu, anseias-me, cheiras-me com uma paixão invejável e inalcançável, procuras-me, e de mim dou-te apenas a minha volatilidade, a maleabilidade…
Contorno-te, agarro-me a ti como a gota caída ao pó da rua, sinto-te o morno da pele, tiro-te medidas, aconchego-me junto ao teu peito, sei os teus pensamentos, bebo-te as emoções misturadas, devagar, suavemente, degustando-te com elouquencia momentânea, conheço-te os movimentos, procuro-te quando quero, tenho-te à minha espera, por vezes esqueço-me de ti… e apenas te dou o meu cheiro dissolvido em água de chuva…

Puta Valente

sexta-feira, novembro 24, 2006

Sheila

Caras putas, hoje apresento-vos aqui um exemplo ambíguo que me foi dado a conhecer pela Valente:
Temos como protagonista a Sheila, puta brasileira, que pôs e muito bem, um anuncio no jornal para publicitar esta nossa nobre actividade.
Bravo Sheila!
No entanto, a sua frase final, companheiras putas, deixa muito a desejar:
“Tenho tantas qualidades que nem sei porque é que fui virar puta.”
Ora, é este tipo de pensamento que não nos leva a lado nenhum e faz com que sejamos pouco respeitadas!
Ser puta não é para qualquer uma! É preciso estofo, carácter, personalidade.
As putas fazem parte de uma categoria muito especial da sociedade e o Putedo é uma unidade de elite (ai que modéstia)!
Discordo portanto da Sheila e digo que é imperativo ter muitas e boas qualidades para ser puta!

Puta Arrogante


quinta-feira, novembro 23, 2006

Estranhos...



Um toque de uma mão curiosa que explora cada recanto de um corpo perfumado, entregue a luxúrias, suplicante por contacto, trémulo… o passar de um dedo que descortina emoção, transformando o frio em quente, deixando o rasto de pele queimada pelo desejo, à envolvência de movimentos junta-se uma língua, que sente o agridoce da pele suada, ascende até a uma boca combalida, iludida, envolve-se, depositando a intensidade de um desejo urgente, numa união falsa, como o arco-íris nos dias de Inverno com um sol doentio, de retorno, tem a entrega de uma essência desconhecida, que se adensa numa massa volátil que apenas deixa o arrepio de exigência, intenso, aceita, fluí a excitação, dificulta a respiração do ar bombeado pelo coração, máquina acelerada, instintiva e sem sentimento. Cede, aperta, entrega, cai, adensa, explode… sai, deixa nas quatro paredes o suor condensado de um arfar tresloucado, no meio de tantas outras gotas de suor deixadas, no ar ainda se ouve o latir uníssono de corações exaltados, ironicamente unidos, numa sinfonia que apenas o sempre coração presente ouve, todos os outros acelerados batimentos, são passagens que acompanham este solitário com o afinco de uma entrega mística, que no silencio do abandono, promete-se a si próprio e a quem quiser ouvir num uivo rouco e dorido que não cairá, não se entregará numa próxima vez… mas sabe que voltará a sentir com a mesma intensidade a próxima mão, cedendo, caindo, entregando-se com a mesma inocência, urgente, voltará a ouvir o uníssono irónico latir de corações unidos, que nunca o serão, nunca se pertencerão e não voltarão a encontrar-se.
Mas não se coíbe de ansiar pelo próximo momento…

Puta Valente


Silêncio empedernido


Atira-me para o canto, berra-me as maiores ofensas, não te intimides só porque me encolho, trata-me como sempre me trataste, rejeita-me, corrói-me a dignidade com a tua rudeza, destrói-me o orgulho, odeia-me com essas palavras que nem sei de onde vêem, enche-me a cara de saliva raivosa, diz-me que de nada te sirvo, grita-me que te atrapalho, destrói-me o brio, não te intimides, estou no canto porque não aguento, tal como dizes sou fraca, rebenta-me com a tua violência, trata-me com desprezo, deixa-me caída no esquecimento, onde não profiro uma agonia, onde não grito, porque de nada me vale. Os gritos são teus, o ruído do meu corpo, entregue, que cai no chão e arrebata a mobília, de nada serve… a ninguém incómoda. As angústias, as dores são minhas, não as cedo, apenas quedo, inerte, tua, para sempre e sem querer choro…

Depois procura-me no escuro pelo cheiro que me deixaste na pele e pelo sabor a ferro das feridas abertas, com um arrependimento de quem quebrou a jarra favorita da mãe, perdida há muito tempo atrás, explica-me que a revolta que te vai no intimo não é contra mim, mas era eu que ali estava e fui eu a tua vitima, explicas-me mais uma vez que não estavas em ti, mais uma vez com promessas de que será a ultima, com friezas que não entendo que se transformam no amor que quero e finjo conhecer, volto a entregar-me, no meio de palavras mudas, com olhares cúmplices, com aquela ternura que apenas conheço naquele momento e me lembro no auge tua violência.

Puta Valente

quarta-feira, novembro 22, 2006

Lisístrata - A greve do Sexo

Queridas Putas

Para ilustrar a guerra do sexos acabei por, nas minhas deambulações na net, deparar-me com esta pérola da dramaturgia clássica, que aqui partilho com o Putedo e outros visitantes. As imagens são de Aubrey Beardsley, um fantástico (e maroto) ilustrador do fim do século XIX.

"Lisístrata é a mais antiga das comédias aristofânicas que chegou até nós sem a parábase; tem 1320 versos e ocupa cerca de 50 páginas da edição de Hall e Geldart (1907), na qual se baseia este resumo.
A cena se passa em Atenas, na Ática. Lisístrata reúne-se com vizinhas e mulheres de diversas cidades gregas, inclusive Esparta. Para acabar com a guerra, propõe uma greve de sexo e a invasão da Acrópole, onde é guardado o tesouro ateniense. Todas concordam, e a Acrópole é tomada. O Coro de Velhos tenta expulsar as mulheres da Acrópole com tochas, mas são impedidos pelo Coro de Velhas.
Um comissário, com o auxílio de soldados, tenta prender Lisístrata e entrar na Acrópole, mas as outras mulheres não permitem. O comissário e Lisístrata discutem. Ela expõe as razões pelas quais acredita que as mulheres são melhores que os homens para resolver conflitos; ele afirma que o lugar das mulheres é dentro de casa. O comissário, furioso, vai encontrar os seus colegas. Os dois coros trocam desaforos e ameaçam enfrentar-se.
Lisístrata explica ao Coro de Velhas os tremendos esforços que tem de fazer para impedir que as mulheres entrincheiradas na acrópole escapem e confraternizem com o "inimigo". Depois de impedir diversas fugas, lê uma profecia que assegura a vitória às mulheres, desde que se mantenham firmes em seu propósito. Os dois coros trocam "delicadezas" novamente.
Cinésias, marido de Mirrina, vem à cidadela tentar convencer a mulher a voltar. Ela finge concordar, provoca-o bastante e foge para a Acrópole, deixando-o literalmente inflamado de desejo. Aparece então um arauto lacedemônio no mesmo estado, e afirma ao Prítane que veio tratar da paz, pois em Esparta e nas demais cidades todos os maridos estão na mesma situação.
O coro de velhos e o coro de velhas atenienses se entendem e fazem as pazes. Os representantes de Esparta se encontram com os representantes de Atenas; todos estão tremendamente excitados. Lisístrata aparece, e intermedeia o acordo para a paz. Atenienses e espartanos, reconciliados, comemoram o fim da guerra."
(http://greciantiga.org)

Deixem-me ilustrar com duas cenas de que gostei muito.
A provocação a Cinésias de Mirrina, para mim, uma grande representante desta nossa nobre classe:

"Cinésias - Deite logo, meu tesouro!

Mirrina - Olhe! Já estou desatando meu cinto. Mas lembre-se! Não vá me enganar a respeito da paz! Não vá me decepcionar!
Cinésias (esfregando as mãos) - Não, eu garanto! Senão eu morro!
Mirrina - Está bem. (pausa) Mas não sei onde estou com a cabeça! Você não tem um cobertor!
Cinésias - Essa não! Eu não quero cobertor! Quero é fazer amor!
Mirrina (saindo) - Fique bonzinho que você vai ter amor, mas com cobertor...
Cinésias - Essa mulher vai me matar com o cobertor dela!
Mirrina (voltando com o cobertor) - Fique em pé. Está aqui o cobertor.
Cinésias - "Ele" já está em pé...
Mirrina - Você quer um pouquinho de perfume?
Cinésias - Não, pelo amor de Deus! Não quero!
Mirrina - Você pode não querer, mas eu quero. (sai)"
(Tradução: Mário da Gama Kury)
http://muraldadeusa.vilabol.uol.com.br

Excelente. E outra, em que as nossas fraquezas, assumidas, talvez não pareçam tão más...

"Lisístrata - Se alguém as tivesse chamado para uma festa de Baco, ou de Pã, ou de Afrodite, no cabo Colias, não seria possível passar por causa dos tamborins. Agora, porém, nenhuma mulher está aqui presente, excepto minha vizinha, que está vindo. Olá, Calonice!
Calonice - Olá, Lisístrata. Por que está perturbada? Não fique com esse ar aborrecido, minha filha! Não lhe fica bem franzir as sobrancelhas.
Lisístrata - Arde-me o coração, Calonice, e muito me aborreço por causa de nós, mulheres, pois para os homens nós somos capazes de tudo.
Calonice - É que nós somos mesmo, por Zeus!
Lisístrata - ... mas quando digo a elas para estarem todas aqui afim de discutirmos um assunto não insignificante, ficam dormindo e não vêm.
Calonice - Mas elas virão, minha querida! Não é facil, para a mulher, ir saindo... Uma teve de dar atenção ao marido; a outra precisou despertar um servo; a outra fez dormir o filhinho; a outra, deu-lhe banho; a outra, deu-lhe de comer.
Lisístrata - Mas há coisas mais importantes para elas fazerem!
Calonice - E qual é, amiga Lisístrata, o motivo de estar a convocar as mulheres? Qual é o problema? Qual o tamanho dele?
Lisístrata - É grande.
Calonice - Será que ele é grosso também?
Lisístrata - Sim, por Zeus, também é grosso.
Calonice - Se é assim, como é que não estamos todas aqui?
Lisístrata - Não, não é esse o assunto, senão estaríamos reunidas num instante!"
http://www.apagina.pt

Tudo isto num texto criado por um homem, como se nota bem, Aristófanes, 400 anos A.C..
É claro que as Putas também podem ser do sexo masculino.

Puta Paciente

Globalização!

Este evento chegou recentemente aos meus ouvidos através da Filipita, colega de ofício (mas não puta) que disse "quando é uma boa coisa por uma boa causa o pessoal esforça-se!". E é este o espírito da iniciativa!
Trata-se de uma missão nobre pela Paz no Mundo à qual julgo que todos devíamos aderir.
Penso que depois de verem do que se trata vão concordar comigo!



Ora vejamos…
O objectivo é que no próximo dia 22 de Dezembro o maior número de pessoas possível atinja o orgasmo e durante o mesmo se concentre em pensamentos de Paz Mundial. A quantidade de energia libertada será imensa e poderá mudar o campo de energia do planeta!
Eu gostei da ideia!
E é sempre mais uma boa desculpa para nos dedicarmos ao prazer carnal, afinal de contas é pela Paz Mundial!

Todas as informações estão no site do evento.

É começar os preparativos


Puta Arrogante

domingo, novembro 19, 2006

Anita?!

Fui ver melhor o Blog do Señor De Dos Anillos (sim confesso, entre outras coisas sou uma puta curiosa, o que é que se há-de fazer?)
E vi, entre muitas, esta preciosidade! E não pude deixar de a "importar" aqui para Putedo Social Club






Afinal a Anita (nunca confundir com a Anita da festa de Halloween) é uma das nossas!
O porquê deste livro nunca ter sido publicado é que não percebo…
(Aliás, este e todos os outros livros que lá se encontram, é ir ver aqui - o link figura também na nossa galeria de Rameiras Associadas!)


Puta Arrogante

Santices...(7)

A Sta Roída, é claro está, uma invejosa de primeira!
Em vida não podia ver ninguém melhor que ela, agora está sempre a ver o que é que os outros santos padroeiros têm e quer igual ou melhor.

A sua grande ambição é ficar com o monopólio dos apadrinhamentos (tal como em vida foi o monopólio de costura lá na cidade dela…)
Não o conseguiu o seu intento em vida, talvez se satisfaça depois de morta…

Alcançou a santidade como meio de redenção dos seus pecados (dos quais sinceramente não se arrependeu); a sua missão é ajudar aquelas alminhas que por cá andam e são tão ávidas como ela foi.
Também não se conhecem imagens ou cânticos de louvor a esta santa…reza a historia que desapareceram fruto de várias cobiças.


Com esta termino aqui tudo o que sei das Stas padroeiras. Se tiverem algo a acrescentar façam-no, pois não foi fácil encontrar informação sobre estas “bem-aventuradas” criaturas, que habitam o sub mundo da doutrina religiosa.
Puta Arrogante

quinta-feira, novembro 16, 2006

Imoralidades


Embrulho-me no meu próprio ruído, ensurdecedor para mim, para o mundo o silêncio, vivo com o reboliço do pensamento que me consome de tão rápido que corre, atropela-se, transforma-se em névoa, nada sobressai, nada fica, nada marca, apenas continuo com esta velocidade alucinante de pensamento a suplicar por consumo, gritante, transforma-se em palavras sem nexo, cobertas de culpas, de moralidades, com o peso do ego, com a vontade de fugir e mostrar-se ao mundo tal como é, sentindo a força de palavras incompreensíveis, plenas de angustias, medos e solidões em mim, para o mundo... vazias...
Haverá sempre uma imoralidade a apontar-me, um dedo na minha direcção, cairei sempre em tentação, mas continuarei minha, satisfeita e sem explicação, a respirar o mesmo ar,saturado de partículas cortantes e tóxicas, do falso moralista, com a mesma consciência e formação, serei sempre eu, valente.
Mas também eu por vezes desfaleço e caio num chão frio, rugoso, agressivo… de lá és tu quem me tiras…
Puta Valente

Santices...(6)

A Sta. Ostentosa, faz de cada pequena coisa uma verdadeira exibição! Veneradora da vaidade acima de tudo, foi, em vida, uma mulher completamente fútil apenas dando importância a coisas menores e prazeres passageiros.
Já na sua missão divina enquanto padroeira da vaidade, passa a vida a tentar superar em pompa a Sta. Presunçosa, mas devido à sua grande instabilidade e frivolidade perde-se em pormenores ridículos e acaba por nunca conseguir alcançar este seu objectivo.
Isto não significa no entanto que não brilhe com todo o seu fulgor quando alardeia as suas qualidades.
Os seus seguidores, que ela mima e acarinha como ninguém, acreditam e defendem que as mais belas obras deste mundo foram feitas em sua honra.
Puta Arrogante

terça-feira, novembro 14, 2006

Santices...(5)


A Sta. Presunçosa é de difícil trato, orgulhosa como ela só, acha que a sua pessoa e os seus devotos são o supra-sumo, melhor que aquelas alminhas não há (na opinião dela, é claro!).
Mulher que em vida era de uma sobranceria inimaginável, não admitia ou perdoava qualquer falha ou deslize a ninguém.
Altiva e soberba, desconhece-se qualquer ocupação ou actividade exercida em vida, aparentemente a sua existência bastava para fundamentar a sua subsistência.
Consta que a sua empáfia era tamanha que nunca considerou nada suficientemente bom para si!
Dai a escassez de qualquer tipo de culto em sua honra.
Puta Arrogante

domingo, novembro 12, 2006

Era uma vez uma menina

Mulher...
inconsequente
inoportuna
atrevida
impertinente
irresistível
sensual
doce
dolorosa
libertina
devassa
lasciva
rameira
putéfia
puta...
Perfeita.

Puta Paciente

sexta-feira, novembro 10, 2006

Doce ilusão





Toca na minha pele, sente a minha temperatura a elevar com o passar da tua mão cheia de emoção contida, pega na minha, leva-a à tua boca, deixa-me sentir a emoção que levas em ti, sente o correr desenfreado do sangue nas tuas veias, deixa passar o tempo, não nos pertence, apenas este momento é nosso… Voa… voar não é andar entre nuvens, é sentir esse desenfreado correr nas veias, é a emoção de ouvir o batimento cardíaco de quem está ali a partilhar o momento, sem aproximação, mas mais próximo que nunca.

Este é o momento, num tempo que não nos pertence.

Alicio-te, com ternuras, carícias, feitos nunca antes vistos, emoções nunca antes sentidas, respiração intercalada com gemidos, mãos trémulas, arrepios que nos dominam a alma, olhos semicerrados que vêem um mundo de desejo, cai ao meu lado, sente o êxtase a correr todas as células do teu corpo deixando como rasto um formigueiro prolongado.

Acabaras por perceber que não passo de ilusão, que o cetim que tocaste não passa de cortiça, que o cheiro do meu cabelo não é delicioso, que a minha mão não é instintiva e sim calejada, que da minha boca de seda sai o mais mortífero veneno, o tempo que não é teu, é meu, as batidas do coração que ouvias eram apenas tuas, pobre e desnorteado… a partilha não existiu, foi mera ilusão… no final era eu apenas a tua ilusão.

Puta Valente

Santices...(4)




A Sta Enfardadeira, protectora da gula e seus associados, foi inequivocamente uma mulher santa, senão vejamos, fazia petiscos divinais (só isto era razão suficiente para a Sra. ter um lugar num qualquer altar deste mundo!)
A Sta Enfardadeira foi uma freira encarregue do refeitório do convento, mimava as suas companheiras com iguarias várias e todas estas eram de comer e chorar por mais (muitas vezes era necessária a intervenção ríspida da madre superiora para acabar com tanto lamento); era também invariavelmente apanhada com a boca na botija, ou melhor dizendo, nos tachos (gulosa como era, nem se dava ao trabalho de inventar desculpas, comia e pronto!); e foi criadora de imensos doces conventuais de renome internacional (não vou cita-los porque a lista é interminável e propensa á engorda)
Nas cozinhas mais tradicionais é frequente encontrar se uma figura roliça de boca suja e carregando algum utensílio culinário, essa imagem é alusiva à Sta. Enfardadeira e aos seus milagres e vícios da arte culinária.


Puta Arrogante

quarta-feira, novembro 08, 2006

Luxúria de Lilith


Em sentimentos só meus, incompreensões distantes de epopeias já perdidas, caio na angústia de separação do gado, sinto o grito do macaco, berro pela liberdade de poderes desconhecidos, apelo à beleza do mundo, da vida e não os compreendo.


Grito, esperneio e não encontro o que procuro, desconforto caído nas narrações infantis, esquecidas, colocadas de lado, porque afinal nunca lá estiveram, foi sempre ausente, minha doce inocência, caída na falésia, rebolou formando uma bola de lama, apresentando folhas caídas das minhas vidas, não me aproximo, sinto asco, é escuro e possui-me o medo, fujo e deixo-me levar por promiscuidades, perversidades, eloquências, sou devassa e com sorriso escondido e olhar carregado de sombra, arrasto para a luxúria, procuro tentações, minhas e alheias, devassidão que me inunda as veias, aspergindo sangue contaminado de tesão, não há quem lhe escape, não há resistência, porque no fundo torcesse o nariz, mas toda a gente procura a promiscuidade.


A inocência? Essa continua a rebolar falésia abaixo, causando repulsa, procuro-a, mas não tenho coragem de me aproximar, no final grito de revolta, mas rio baixinho, atiro o pescoço para trás lânguida, porque gosto…

Puta Valente

terça-feira, novembro 07, 2006

Puta KO, First Time =)



BEM HAJAMMMMMM a todas as putas e personalidades solidárias a tão boas pessoas que como nós andam por aí. Antes de mais deixem que me apresente, sou a Puta KO, Puta de nome, KO de apelido. ehehehhe Custou mas lá consegui arranjar um pouquinho para escrever aqui no blog. digamos que o meu jeito para escrever não é o melhor pelo que o melhor é apressarem-se, caras colegas de putedo a postarem até desaparecer este meu post. ehehehhehe. Mas qual o tema de post que posso apontar aqui hoje? Podia ser essa coisa fantástica que se chama Debate do Orçamento de Estado de 2007, podia ser um comentário sobre a pena de morte imposta a Saddam, podia ser o fantástico tempo que se tem feito sentir ideal para fazer pesca e treinar pescar a bela da bota, ou o belo do automovel que se encontra debaixo de água a fazer de submarino, mas não, o meu comentário hoje será sobre a fantástica odisseia que é ir de casa para a faculdade, de carro, com greve de metro e a ouvir a entrevista da Nelly Furtado. Greve de metro, logo aí soa mal, mas ainda soa pior quando lemos no folheto explicativo, que a greve em nada tem a ver com questões salariais, ora eu digo: "Então se o dinheirinho que vos entra no bolso até é do vosso agrado, que têm suas excelencias de prejudicar o dia de milhares de portugueses que tentam ganhar o deles da melhor maneira". Ora são os peoes que se atravessam á frente dos carros, sim porque como no metro nãoo há carros, neste dia eles pensam que a unica diferença é mesmo apenas a luminosidade e que podem andar feito ratos de laboratorio em todas as estradas sem tomar precaução. A sorte deles é que hoje não tinha as escovas no para brisas especiais para limpar sangue, senão era tudo atropelado para tentar fazer o maior numero de pontos. eheheh E neste vai e não vai, neste pára arranca e lá vai outra vez, se passam 30, 40, 50 minutos em que apenas podemos contar com o colega de fila, sim fila porque é feio dizer bicha!, que anda a tirar macacos do nariz como se não hovesse amanhã, a senhora da frente que se está a pentear quer dizer, a tentar porque aquilo está quase cimento armado e parecia que os dentes da escova de pentear se partiam cada vez que encontravam cabelo e temos depois o avozinho que vai atrás de nós que mais parece que está a fazer a sesta do que a conduzir, ou seja, MEEEEEEEEEEEEEEDDDDDDDDDDDDDDOOOOOOOOOOOOOOO! Então a uncia maneira que encontrei para me abstrair foi ligar o rádio e o que oiço eu???? Nelly Furtado! Até aqui tudo bem, ia eu ouvir uma musiquinha, sim porque até acho que a moça canta bem e tem sons maneiros mas afinal ela também dá uns toques em portugues: "Olá eu ser Nelly Furtado. ihihiih E estar aqui no reidio (radio) e estar a adorar Portugal. ihihihiih" Entretanto já eu me tinha mijado a rir daqueles gritinhos que a moça lá lançava, mas ela lá continuava: " Eu sentir eu mais mulher!" e mais risos mandava eu. Digamos que eram agora os meus vizinhos a olhar para mim e que eu era o palhaço do circo. enfim...... Entretanto lá se chegou á faculdade e o dia lá correu a modos que normal com o pensamento que daqui a dois dias lá será a mesma historia, filas e filas e filas de pessoas que não estão habituadas a conduzir. MMMMMMMEEEEEEDDDDDDOOOOOOOOOOOO!!!! meu rico carrinho...... Só rezo é que a Nelly Furtado lá apareça novamente na radio para alegrar o inicio de dia de quem vai no transito. EHHEHEHHEHE E com esta me despeço.
Bem Haja!
Puta KO =)

segunda-feira, novembro 06, 2006

Santices...(3)


Animada pelo ultimo comentário da Valente aqui deixo o que apurei sobre mais uma Santa...

Conselho de amiga:
Não irritem a Sta. Danada, padroeira da ira!
Ela foi sem duvida uma guerreira, não deixava créditos por mãos alheias e castigava todos os que a ofendessem ou injuriassem.
Protege todos aqueles que fervem em pouca água, que são irascíveis ou que naturalmente tendem para a cólera.
A sua bênção paira em locais de contenda, seja em ringues de boxe, campos de batalha, parlamentos ou assembleias, estúdios de televisão onde se gravam programas de debate, etc.
Para invoca-la basta ranger um pouco os dentes, assumir um ar ameaçador e proferir uns quantos impropérios.

Puta Arrogante

quinta-feira, novembro 02, 2006

Santices... (2)


(Dedicado à Valente)

Hoje vamos à Sta. Putéfia, padroeira da luxúria e também de todas nós putas e, por extensão, é também padroeira deste clube, o Putedo, deste blog...e de todas as sem vergonhices lascivas.
Esta santa só podia ser como nós, ou seja, era puta, gostava disso, dava-lhe gozo, prazer. A volúpia enchia-lhe as veias, o espírito, a alma...sentia-se viva mesmo que o resto do mundo a tratasse abaixo de cão.
Era linda, sensual, provocadora, não tinha vergonha de nada e sabia que muitos que a acusavam gostariam de ter a mesma liberdade que ela.
Polémica como ela só, tinha e tem como estandarte o prazer...
Luta contra o cinismo e os falsos moralismos, demonstra ao mundo que digam o que disserem todos nós vivemos em função do prazer.


Puta Arrogante