terça-feira, junho 19, 2007

Porquê nunca, quando podes pensar sempre? Porquê sempre, quando sabes que nunca existe?


Deixa-te ficar mais um pouco, permite-me mais um momento, que seja um segundo… farei dele eterno com o poder da memória, serei apenas uma partícula mínima, para que ocupe pouco espaço e possa ficar eu em ti, por uma eternidade sem explicação.

Deixa-te cair neste cetim, por nós mesmos criado, sente a suavidade que traz como corpo, sente… está nele a nossa pele.

Deixa-me cheirar-te, contorcer-me de prazer, perdida em ti, perdida por não partir, num nunca e num sempre que nos consome.

Espera, estou quase a cair nesse cetim, estou prestes a cheirar-te, estou ansiosa por ficar, neste segundo, tão curto, para sempre nosso, num nunca garantido eterno.

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