segunda-feira, dezembro 31, 2007
sexta-feira, dezembro 21, 2007
Sensaborão
É Natal, é Natal, é Natal...
Inverno
sexta-feira, novembro 30, 2007
Dezembro!
Hoje ficou somente o frio (porra!), a vontade de mergulhar de cabeça em todas as guloseimas que a quadra natalicía propicía e a sensação que perdemo nos algures com tantas compras e tanta correria.
quinta-feira, novembro 29, 2007
O Desejo
Um sorriso medido, um olhar pleno.
Uma carícia nos lábios.
- Fui eu quem faltou com o beijo?
- Este leque não tem a sede que os teus lábios me mandam.
E esta mão conduz o leque,
mas logo escorrega para a minha maminha ansiosa.
Anseio pelo teu toque…
Que equilíbrio precário: esta modéstia, quanto desejo lhe salta de por debaixo!
Amigas putas, toca a aprender com estas garinas velhas, que ela havia cada uma mais dissimulada! Vistam-se de cordeirinhos, minhas lobas. (Toca a ir engatar para os templos desse Portugal, por exemplo, de qualquer credo, que não somos esquisitas e estão cheios de pecadores, que por isso mesmo lá buscam a redenção. Mas incidam maioritariamente nos que insistem na história dos folhetinhos conversores das gentes desprevenidas, e que tanto nos irritam.) Isto é que é eficácia! Esta mestra, alegadamente, era casada com o pintor, aquilo é que deviam ser fervuras naquele lar…
Mas quem terá encenado esta pose, o artista ou a retratada? Qual terá sido a maior puta?
Esta puta impacienta-se.
Puta paciente
sexta-feira, novembro 23, 2007
Cuecas Wireless
quarta-feira, novembro 21, 2007
"E se eu nao morresse nunca e eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas - Cesário Verde"
Hoje quero apenas ser assim, num estado bruto, açucarado, sem perder o metálico, quero partir em caminhos de algodão virgem com sapatos de ferro!... Hoje não suporto o mundo, mas não vivo sem ele e agarro-me às paredes e procuro as feras que ao fundo rugem ao sentir o meu cheiro… corre em mim a vontade de correr, mas sem muito me mexer, olho para a janela que não tenho e vejo o mundo que afinal, é apenas meu; aquele que guardo dos tempos de menina na sala de aula, com chão de madeira velha, e janelas tão, mas tão grandes que cabiam lá camiões, que eu desenhava, megalómana, em folha e comparava os tamanhos à luz de um sol frio de Inverno…
Hoje é no meu mundo que me guardo, com medo de me perder no que me dão…
Nada neste mundo se perde, a não ser aquilo que se perde de certeza…
domingo, novembro 18, 2007
Novas abordagens!
quarta-feira, novembro 14, 2007
Succubus
Prende-me nos teus braços, e leva-me para longe daqui.
Deixa-me cair, desde a mais alta nuvem ao mais raso chão em câmara lenta, deixa-me saborear a água do céu, deixa-me sentir na boca a tua boca.
Envolve o meu corpo com as tuas grandes mãos, queima-me com a tua língua e procura-me de olhos fechados no escuro da noite, baixo a lua nova, baixo a lua cheia.
Olha-me, mas nunca nos olhos, poderás nunca mais querer sair, e eu não te vou querer sempre.
Canta o meu nome, com a voz de demónios e sente a fúria da minha essência a consumir-te a energia em espasmos violentos.
Não te percas na mesma estrada que eu, pois adorarás encontrár-me e não terás tempo para lamentar o sucedido.
segunda-feira, novembro 12, 2007
Por vezes cerro os punhos cheios de nada...
A chuva cai na minha pele à velocidade da tristeza na minha alma, nos olhos cinzentos trago a tristeza da cinza de madeiras queimadas nas madeixas de cabelos meus.
O caminho faz-se com passos lentos, mas torna-se maior, isolado e a bem ver, estou no deserto...
Solidão que me traz na mão; sete mares de lágrimas minhas.
Ao fundo do meu corpo tenho a marca da mágoa, na minha garganta o aperto de um nó que não se vê.
De que me serve explicar o meu mundo por palavras? Serão vãs e apenas consolos vazios e desentendidos, posso esperar.
A angústia sempre teve uma cura, mas é ela muito bruta.
Hoje sinto-me apenas enfraquecida, pode ser que amanhã ceda e me deixe ficar no regaço do silêncio.
quinta-feira, novembro 08, 2007
Dúvida:
(tentativa frustrada de puta) na mesma esquina onde estamos e vestida de cetim roxo da cabeça aos pés?
- damos lhe uns bons tabefes por tentarem roubar-nos o poiso
- chamamos uma ambulância porque vestida daquela maneira a mulher só pode estar mal
- ignoramos porque pode ser o efeito de alguma substância psicotrópica que ingerimos
Enquanto eles não me deixarem em paz eu não paro de reclamar...
sexta-feira, novembro 02, 2007
HALLOWEEN
Somos Putas mas no nosso curriculo consta:
Novembro
quarta-feira, outubro 31, 2007
resposta ao "Deixa te de Merdas!"
quarta-feira, outubro 24, 2007
Chama ardente na águia que tomba na pedra fria,
olho de falcão que cai quando vê a neve no alto da montanha,
arrepia-me o orvalho,
e cedo a pele, em prol de fugas desmedidas,
de gnomos perdidos, numa selva urbana.
Cascos de rosas selvagens,
no meio dos cavalos descalços,
Pedras soltas
contra as faces descaradas acusadoras.
Salta de alegria aquela criança,
sem alegria que lhe valha,
olhos vazios de visão ampla,
sorriso perdido,
sem razão e com consistências válidas.
Corre sem saber para onde,
quando não te perseguem,
corre sem saber porquê,
corre por tudo e acima de tudo
por nada!
escândalo da bela adormecida
que afinal casou grávida do sapo escocês,
fulano da máfia italiana…
felicidade da sopeira que encontrou o verdadeiro amor,
e vive feliz todos os dias a esfregar escadas com uma mistura de sabão e shampoo…
ao som das baladas do Fábio Jr.
É vento que me sopra na cara.
Puta Valente
Quem me dera ser um grão de areia
no meio de um enorme deserto esquecido,
sem desejos, promessas ou paixões.
Colocar no bolso,
dobradas em quatro,
num papel vadio
as tristezas e alegrias,
até perderem a forma física de lágrima, ou de sorriso.
Tornar-me pequena,
insignificante,
apenas capaz de reflectir a luz recebida do sol,
imperceptível…
quem me dera esquecer a dor do violino,
a voz lírica,
quem me dera deixar resvalar as palavras da boca,
sem articulação,
como um despejar de lixo.
Perder a memoria, perder as emoções.
Quem me dera nada ter, para nada lamentar.
Quem me dera simplesmente
não ter o gosto da vida na língua que fala
e na mente que não pára.
Puta Valente
terça-feira, outubro 23, 2007
Deixa te de Merdas!
Sonhei que tudo era perfeito, que nada me podia tocar, apenas quando eu quisesse…
Sonhei que caía e não me magoava e que os sentimentos eram sempre cobertos de caramelo quente.
Sonhei que a lua vinha até mim, por se sentir fascinada
Sonhei-me mais quente que a terra, sonhei-me mais fértil
Podia beber água e da água podia fazer neve, quando me apetecesse. Colori o mundo com outras cores e até o sol se tornou violeta!
Caminhei sobre areias macias, mornas e sussurrei as mais fantásticas histórias, e vi-as correr à minha frente a espalhar com alegria as minha enfáticas palavras.
Quando percebi, nada me tocava, nada me fazia danos, eu era simplesmente impermeável… quando dei por mim, não sabia o que era um sorriso, uma magoa, um rancor, ou mesmo uma alegria. Não chorava, não ria, apenas alienava, a ver quem se movia em meu redor com sentido de ser, de existência na veia, com o mais e alem de querer viver…
Ontem tive um sonho…
Era o sonho da omnipotência, da solidão e da inércia!
A vida é uma aventura, estimadíssimos, e uma semente nunca sabe se será ou não uma linda flor, apenas luta para o ser.
quinta-feira, outubro 18, 2007
terça-feira, outubro 16, 2007
segunda-feira, outubro 15, 2007
Reminiscências de Verão ou Já não posso com esta gente!
Achava eu, que esta gente inacreditável, tola o suficiente para despender de folgas ou dias de férias para inutilmente tentar converter os outros, se ficaria por aqui.
Mas não, eles são capazes de muito pior, mas muito mesmo, e parecem ter este Putedo como missão.
Que o diga a Valente que ao percorrer uma qualquer rua da urbe em busca de clientes se deparou com uma criancinha que andando pelo seu próprio pé mas apresentando uma fala ainda pouco fluente, lhe ofereceu outro dos ridículos panfletos, com os paizinhos atrás, orgulhosos e sorridentes.
Nada disto é ficção, antes fosse, este povo anda a foder para fins meramente procriativos para depois espalhar os malditos panfletos. Estão a servirem se do facto dos seus fedelhos terem um ar inocente e fofinho para que um de nós não lhes grite alto e bom som:
sexta-feira, outubro 12, 2007
Feliz aniversário!
Sim, minhas queridas putas, este blog fez um ano, há 8 dias atrás, e mesmo que estejamos juntas há mais que isso e que nem todas tenham feito parte desse início, o que interessa é que estamos juntas para o tempo que há-de vir.
Escrevi verdades e mentiras, contei histórias, acrescentei pontos, imaginei mundos, ri ao ler, ri ao descrever, cheguei a chorar por palavras aqui deixadas, senti cada uma delas distintamente, e procurei sempre esconder-me, revelando; deliciei-me com cada uma de vós, e não perdi um único post, tratando-os a todos por tu. Continuarei a fazê-lo!
E não posso deixar de agradecer aos dedicados que nos lêem… ena! Temos até costumeiros clientes. Eles ou elas, que interessa, gostam destas esquinas e para eles, esta Valente curva-se com o agradecimento sincero por olharem para estas essências, que são agora 7!
Nabroviska, PUTAS, Nabroviska!...
Luv u all, my sweet bitches!
quinta-feira, outubro 11, 2007
Caprichosa
Demonstrando o que não existe… contorcendo as palavras, deformando o olhar.
Caminhando afincadamente, flutuando em paradoxos desconexos tornados tão racionais quanto possível.
Um sorriso, um brilho fictício no olhar… é tão simples, tão simples manter uma ilusão.
Iludindo o próximo, iludimo-nos a nós próprios, queimando a verdade oscilante entre o desejo de ser revelada e o desejo de se manter oculta. A ilusão, controladora das nossas angústias, das nossas mágoas, aliada do nosso prazer… caprichosa e eloquente, transforma nosso mundo vendando os nossos instintos.
Sou caprichosa quando oculto, sou caprichosa quando omito, sou caprichosa quando minto a mim mesma, sou caprichosa quando luto e quero ganhar a todo o custo, sou caprichosa quando transmito algo e na verdade é outro algo que sou, sou caprichosa quando idealizo, sou caprichosa quando ataco, sou caprichosa quando perco e transformo a derrota numa ilusória vitória, sou caprichosa ao tentar manipular o meu universo a meu belo prazer, sou caprichosa… sou apenas isso. Um capricho de orgulho mergulhado numa densa morte da verdade.
Foi a vida que me tornou assim, ser caprichosa é um subterfúgio magnífico para esconder a verdade, protegendo-me dos caprichos alheios. Ser mais caprichosa que os outros, ser mais eloquente, mais racional, mais forte nas palavras, é meu escudo, impenetrável, gigante. Sou caprichosa, sou apenas uma mera ilusão.
Puta Bifida
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A teia que se enlaça à minha volta torna tudo obscuro e pouco perceptível. Tento tira-la dos meus olhos mas em vão… ela gruda em minha íris, fazendo com que não vislumbre as silhuetas que me rodeiam. Enlaça-se agora em meu nariz… tornando o meu olfacto um sentido estúpido e inútil. Penetra meus tímpanos, abafando os sons que me envolvem… as vozes que chamam por mim. Deixa apenas libertas minhas mãos… que podem elas fazer perante todo aquele grude? Perante a rapidez do ataque de decadência eminente, que faz com que minha alma sucumba de cansaço? Elas podem apenas procurar, tactear em volta tentando encontrar algo, alguém, que me ajude a evadir daquele emaranhado… procuro… procuro… procuro… sinto o desespero a aglutinar-se em meu ser… Quero sair dali… quero libertar-me! Continuo tacteando… encontro algo. Tento perceber que tenho em mãos, e como me pode ajudar… Seja o que for está consumido pela ferrugem dos tempos, está húmido… Parece um punhal… mas deformado! Uso-o? Continuo a procurar? Não sei… Não consigo perceber o que tenho em minhas mãos…