Saí de casa sem trazer o habitual, esqueci-me das cordialidades, da educação, da postura, da coordenação, da linguagem e do carinho pela humanidade, trouxe um corpo para a rua com intuito de lhe mostrar a liberdade que tanto anseia, o resto ficou preso às paredes que suportam uma existência material. Arranquei preconceitos e imiscui-me na sociedade, olhei profundamente para os olhos que me circundavam e dei comigo a sentir pena das vidas que via naquele momento, vazios profundos amarrados com correntes invisíveis, também ansiosos de liberdade, olhos perdidos, amarrados ao quanto se deve e não se pode fazer.
E agora explica-me porquê?
As correntes vividas… as folhas caem-nos dos bolsos em prol de uma sociedade criada, mas tão mal amada, não existem experiências, não existe liberdade, apenas o olhar perdido de quem procura mais e não encontra…
Levo apenas um corpo que me será util para conseguir ultrapassar o dia, liberto-me de correntes e amarras e nada mais sinto, deixei em casa o carinho pela humanidade, tal como ela deixou em casa o dela por mim.
Putas…
Puta valente
3 comentários:
e pronto...outra perola!
obrigada por as partilhares conosco...
amiga.... diz que prozac resolve estas coisas!!! mas que está divino lá isso está!!!!
wicca
Acabou-se o prozac, tu tomaste-o todo, lembraste?
:P
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