quarta-feira, dezembro 20, 2006


Hoje sinto-me perdida, não compreendo o porquê da existência da maior parte das coisas físicas e as abstractas povoam-me a mente.
Sinto vontade de caminhar por areias desconhecidas à realidade, escrever nelas o meu nome e ficar a ver os ventos brancos a levarem-no embrulhado em suspiros presos na alma.



A minha erosão… Transportar-me em grãos de areia miudinhos, ler outros nomes por lá escritos, perder-me das angústias, das felicidades, dos amores, nada sentir além do vento, na cara, a beijar-me nas sobrancelhas, fazendo-me cócegas para me manter acordada.



Perdida em mim, em busca de um vento que não me leva, não me dissolve, que me deixa ansiosa, que me leva à sua procura incessante, um vento que me sussurra sempre que cerro os olhos, que se apresenta como suspiro, na boca de outros, que me enche de promessas, de sonhos.



Continuarei a procurar-te nas tempestades, no mar, no suspiro e principalmente no beijo de outros nomes.



Puta Valente


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