segunda-feira, novembro 12, 2007

Por vezes cerro os punhos cheios de nada...

A chuva cai na minha pele à velocidade da tristeza na minha alma, nos olhos cinzentos trago a tristeza da cinza de madeiras queimadas nas madeixas de cabelos meus.

O caminho faz-se com passos lentos, mas torna-se maior, isolado e a bem ver, estou no deserto...

Solidão que me traz na mão; sete mares de lágrimas minhas.

Ao fundo do meu corpo tenho a marca da mágoa, na minha garganta o aperto de um nó que não se vê.

De que me serve explicar o meu mundo por palavras? Serão vãs e apenas consolos vazios e desentendidos, posso esperar.

A angústia sempre teve uma cura, mas é ela muito bruta.

Hoje sinto-me apenas enfraquecida, pode ser que amanhã ceda e me deixe ficar no regaço do silêncio.

2 comentários:

Puta disse...

gostei muito das imagens, a que descreveste e a ilustraste ;)

puta arrogante

Abssinto disse...

Sim eu sei que pode ser assim. O que direi não é nada poético, mas tudo melhora com uma hora de ginásio, escolhe um desporto que te faça transpirar tanto que parece que andaste à chuva. Então tudo é relativizado.