Levo na pele aquela vontade de ter o que não me é permitido, escondo do mundo a mente sórdida que me acompanha, e com os pudores naturais, a minha alma retrai-se de vergonha, e recolho na minha mente as palavras nunca mais permitidas, e as ganas de mais não ser.
Deito a cabeça numa almofada que me atormenta, por tudo saber.
São duras as penas de quem vê além dos olhos, e que sente além do natural, as angústias de não ter emoções cicatrizadas, como a terra tem as árvores enraizadas... a febre que me atormenta, com a temperatura gélida da racionalidade, mundo perdido, mente líquida, vontade sólida.
Coisa assim, de alma descontente, caminho torto e de tudo o que acontece, mas não podia ter acontecido. Procuro a montanha mais alta, para poder escalar e poder assim, atribuir o meu cansaço ao lógico esforço do corpo, e a alma continua a agitar-se, cheia de vontades inusitadas de romper as finas, mas sólidas, barreiras do racional.
Este vazio impreciso, este excesso de ar, para respirar e esta vida a mais para ter. A vontade de nada mais querer, além do que não se pode querer.
Vento que me trazes a razão, perde-te por favor, deixa-me nesta insana vivência, com um mar que nunca será mais pequeno que a minha mão, que me deixa ficar, que me pede para ir e que me leva sem permissão.
Quero rebentar nas ondas deste mar, nas várias orlas deste mundo, quero deitar-me em areias várias e colar ao céu da minha boca, como pequenos rótulos, as emoções; o ódio, a loucura, a angústia ou amargura, a doçura, a indiferença, a pastosa preguiça, a paixão-mãe, o amor platónico, a tristeza, a vaidade, a solidão...
Terei espaço em mim para todas, pequenas e grandes.
Tenho a vontade de sentir.
Continuo a ter a vontade de ter o que não posso querer…
Deito a cabeça numa almofada que me atormenta, por tudo saber.
São duras as penas de quem vê além dos olhos, e que sente além do natural, as angústias de não ter emoções cicatrizadas, como a terra tem as árvores enraizadas... a febre que me atormenta, com a temperatura gélida da racionalidade, mundo perdido, mente líquida, vontade sólida.
Coisa assim, de alma descontente, caminho torto e de tudo o que acontece, mas não podia ter acontecido. Procuro a montanha mais alta, para poder escalar e poder assim, atribuir o meu cansaço ao lógico esforço do corpo, e a alma continua a agitar-se, cheia de vontades inusitadas de romper as finas, mas sólidas, barreiras do racional.
Este vazio impreciso, este excesso de ar, para respirar e esta vida a mais para ter. A vontade de nada mais querer, além do que não se pode querer.
Vento que me trazes a razão, perde-te por favor, deixa-me nesta insana vivência, com um mar que nunca será mais pequeno que a minha mão, que me deixa ficar, que me pede para ir e que me leva sem permissão.
Quero rebentar nas ondas deste mar, nas várias orlas deste mundo, quero deitar-me em areias várias e colar ao céu da minha boca, como pequenos rótulos, as emoções; o ódio, a loucura, a angústia ou amargura, a doçura, a indiferença, a pastosa preguiça, a paixão-mãe, o amor platónico, a tristeza, a vaidade, a solidão...
Terei espaço em mim para todas, pequenas e grandes.
Tenho a vontade de sentir.
Continuo a ter a vontade de ter o que não posso querer…
1 comentário:
tudo isso vai passar...e vais voltar a querer algo que vais poder ter. E vais ver que te vai saber muito melhor, por vezes terás na mesma de escalar montanhas, mas não estarás mais sozinha, mesmo que a distância fisica se imponha... terás algo melhor ainda, a proximidade emocional. Gosto de ti.
Puta Arrogante
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