segunda-feira, janeiro 29, 2007

A inutilidade do ser

Um abraço pode ser para apunhalar com todo o ênfase da traição,
O cérebro olha e pensa que é um acto de carinho.

Um beijo é apenas um tocar de lábios,
O cérebro olha e vê um acto de paixão.

Uma mão que toca na outra pode ser apenas para equilíbrio,
O cérebro vê-lo como companheirismo.

Lamber o mesmo gelado, pode ser apenas gula,
O cérebro interpreta uma partilha.

O cair de uma folha é necessário e natural,
O cérebro apela à poesia.

O tocar de dois corpos é apenas tesão,
O cérebro inventa um amor.

Um sorriso pode ser liberto pela alma mais triste,
Mas o cérebro não o compreende

Um beijo, é apenas um beijo, o amor não existe, uma folha cai porque até a arvore se farta do que é constante, um sorriso é apenas um subterfúgio, para que não nos molestem com perguntas idiotas, lamber um gelado alheio é puro deboche, dois corpos juntos significam sexo, duas mãos que se tocam é por mera fruição de prazeres mesquinhos que trazemos no mais recôndito do ser, num abraço não há carinho, apenas a tentativa de aquecer uma alma gelada e um corpo frio, somos apenas egoístas e inventamos o amor para nos sentirmos bem, para sentirmos que no mundo tudo é bonito e possível, do cérebro apenas sai ilusão.


Puta Valente

5 comentários:

Puta disse...

ai cérebro preverso que nos enganas tão facilmente...
Mas não será boa a ilusão que ele nos traz?

Maria Ostra disse...

Serve para viver...

Maria Ostra disse...

Mas, às tantas, estou a divagar ;)

Maria Ostra disse...

Sabem que mais?!
Puta de vida! ;)

Coin-Operated boy disse...

Por amor "a qualquer coisa" ..
onde posso arranjar um cérebro desses???

e ainda existe pessoas que tomam drogas para ter alucinações!!

quando se podem embriagar dessa maneira..

Iludam-se por favor...
http://www.youtube.com/watch?v=hAeiVae73GI