Ontem sai de casa, com a sensação de que o mundo mexia a uma velocidade irreal, e nunca constante.
Os batimentos no meu pulso não permitiam calma, e eu não queria sair… ao pôr o pé na calçada, senti a agonia do peso do mundo, na sola dos meus pés. Não percebi o que se passou, mas o vómito que me veio à boca, mostrou-me o quão azeda vou.
Caminhei, com o corpo pesado, preso, alucinado… e a dor que me consumiu foi tão grande, que me indaguei, s e o carro que me contornou na estrada, doeria tanto, quanto o que levo dentro, se me atropelasse… a dor que pronunciada magoa, e no silêncio mata, na boca é veneno e na alma ensinamento.
Tropecei numa pessoa, julguei ser uma pedra, que por sua vez, julgou-me drogada… mas não é esse o meu mal, trago apenas a alma velha e cansada, e trato a angústia por tu.
Agonizo com o que me rodeia, canso-me com o que vejo, entristeço-me com a falta que me faz um mundo novo, um sorriso sábio, uma luz diferente e uma cor única. Contorço-me, transformo-me e sigo por esse trilho que me está traçado, mas lá à frente mudo, garanto que mudo, e não me impede ninguém, porque passo despercebida.
1 comentário:
Como uma imagem...
É bom pensar que um homem tb pode pode sentir assim... (a diferença é que eu teria escrito no fim: "São realmente maus dias! Mas chega a noite e basta uma mão sobre o meu sexo endurecido para fazer como se nada tivesse acontecido")...lol
Olha que não te falte nunca o prazer das palavras que jogas aqui.
E muda sim! (amei a transgressão, algo que muitos "animais" nem sequer pensam:)
E encontrarás sim! (sorrisos)
:)
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