quinta-feira, agosto 07, 2008
Origem...
Perdida no marasmo da inutilidade humana que me inunda a pele,
oiço o sibilar do silêncio, junto à paredes caladas e sinto a inevitável convulsão agónica do medo. Simplesmente ser, não querer, não ter, parar para escutar...
não é um comboio que lá vem, é a vida,
lesta como um torpedo de guerra, esborracha-se na minha cara e com descaramento,
conclui o aparatoso acidente com um "aqui me tens",
segura e expansiva, como se tivesse sido chamada.
O corpo é escravo da alma e a alma escrava da mente,
mente cravada no corpo, com garras de gato preguiçoso,
que dorme de olhos abertos, sempre em alerta.
Os gatos têm um papel muito importante para a humanidade,
tal como a mente para a alma,
o corpo para a mente,
a alma para o corpo
e a mente para...não.
No fundo não passamos de massa trôpega,
com manias de grandeza.
Somos tão pequenos que corremos o risco de morrer de tédio,
ou de amor,
ou de causas ditas nobres,
porque se olhou para o sitio certo na hora errada.
vou enroscar-me neste lençol que cheira a terra molhada e a tristeza de fada, minhocas a amores perfeitos a romper, ou será este o meu cheiro e impregno o lençol?...
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1 comentário:
É o lençol, é o lencol...sem dúvida.
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