Sinto que num ser que nunca foi, agora não o é de certeza. É apenas existência, é apenas ser, mas com o custo de agulhas que se cravam na pele, com o peso de correntes arrastadas.
As correntes quebram-se como as linhas dos papagaios coloridos, em dias de vendaval, é revolução.
Caem os muros, sejam eles de onde forem, construídos com argamassas poderosas, sejam muros, basílicas sumptuosas ou reles construções, tudo cai. O estrondo é arruinante para a mente, e a alma inquieta-se, encolhe-se e chora miudinho, com ganas de fugir.
Calma doce alma, calma... o estrondo que ouves é o bater do coração, é paixão, é forte e não sabes se o aguentas.
Ergue-te desse canto, enfrenta o mundo que rui, são os muros que te tiraram o sol durante a eternidade, e demoraram segundos a cair, é força que te preenche, é gana que te move, é paixão que te alimenta, é fogo que te consome.
3 comentários:
A fina parede das tuas palavras que não rui...
Agradável leitura. Como sempre!
Fosse eu uma dessas puras donzelas, casadoiras, coraria, mas como não sou com a graça do altíssimo, tenho a dizer, gosto que nos visites e que te delicies com os doces que deixo nas esquinas ;)
heheh..e ainda bem que não és!
Os doces lambo-os...mas deixa-os na parte interior... esquinas, pelo exterior, são traiçoeiras.
E agradeço..
É um belo comentário o que me fazes valente, obrigado...e obrigado a vocês, e é totalmente sincero.
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