domingo, agosto 31, 2008
Flutua sem exagerar, cerra os dentes ao voar, cuidado que podes cair...
O meu nome é ilusão, crio e vivo dentro de ti, compro-te um rebuçado por dia, é quanto basta para te manter comigo.
Entro pelas paredes e infiltro-me no sangue, Sorrio ao ver que afinal gostas de me ter.
Cantas baixinho, pensando que ninguém te ouve, mas o mundo está atento aos loucos e olha-te com desdém.
É essa auência que te acompanha, e isola, que tanto te alimenta, e possui com carinho, como se de um amante se tratasse, lambe-te a pele, com uma lingua invulgarmente fria, mas que te satisfaz plenamente; percorre-te o corpo com uma mão imagnária, e deixa cair por terra a tua roupa, envolve-te com um abraço único, e penetra-te devagar, sem pressas, e tu não tens medo, porque sabes que só pode ser bom.
Todo o cheiro que envolve este ritual, é apenas teu, e desconheces que consegues um cheiro tão e apetecível, sentes cada vez mais, o corpo a ceder a uma irracionalidade instintiva de puro prazer, há algo que não consegues explicar, é cada vez mais intensa a sensação que sentes a espalhar-se pelo teu corpo, como um incêncio, cuja chama começou entre as tuas pernas... é tão interior, tão vivo, que te assustas com a onda que rebenta dentro de ti, arqueas as costas, gritas, mas é de prazer... seguem-se mais e mais ondas, diminuem de intensdade, como se fosse apenas uma rajada de vento em pleno inverno, tornada brisa primaveril...
Estás só, agora num silêncio, já não há nada a ver, fazer, dizer... Ausente, estás sempre ausente...viraste para o lado, e dormes.
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