Hoje quero apenas ser assim, num estado bruto, açucarado, sem perder o metálico, quero partir em caminhos de algodão virgem com sapatos de ferro!... Hoje não suporto o mundo, mas não vivo sem ele e agarro-me às paredes e procuro as feras que ao fundo rugem ao sentir o meu cheiro… corre em mim a vontade de correr, mas sem muito me mexer, olho para a janela que não tenho e vejo o mundo que afinal, é apenas meu; aquele que guardo dos tempos de menina na sala de aula, com chão de madeira velha, e janelas tão, mas tão grandes que cabiam lá camiões, que eu desenhava, megalómana, em folha e comparava os tamanhos à luz de um sol frio de Inverno…
Hoje é no meu mundo que me guardo, com medo de me perder no que me dão…
Nada neste mundo se perde, a não ser aquilo que se perde de certeza…
2 comentários:
:)
se soubesses quantos dias também acordo assim...
puta arrogante
tão lindo... estes versos do Cesário e o que escreves.
Gostei do blog. Volto.
Bjs
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