Hoje o ritmo é inteiramente teu, se te pedirem outro, ignora. São palavras ocas que não compreendem o que é a dor de existir numa bola de cristal. Quem te vê não sabe que pisas o chão com medo de cair das mais altas alturas, nas mais profundas amarguras… quem olha para o sorriso largo, não sabe que é a tua mascara mais usada, não sabem que é polida todos os dias, e nem imaginam a tristeza que trazes no peito.
Quem te dá a mão e sente o calor da tua pele, ou o aperto do teu fraterno abraço, procurando apoio, não sabe que te habita a insegurança em forma de gelo. Nos cabelos que cortam o ar que respiras, susténs o aroma do falso equilíbrio, e vives sem saber porquê.
É na noite que uivas à mais distante estrela, pedindo o auxilio dos desesperados. E ela não vem… e choras com alma perdida. Alma que se desgarra desorientada, atiranso-se a paredes frias e ignorando amores sentidos. Alma vadia que se embebeda de risadas cínicas, e cospe as seriedades da vida, pela boca que usas; amaldiçoa vivos e mortos, sem medos de contra ela se virar.
Vais azeda, mas tão pequenina e indefesa. Levas no corpo a essência que não é tua, mas do ladrão que a tua açambarcou.Revelas valentias que o mundo nunca ousou questionar.
quinta-feira, setembro 27, 2007
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1 comentário:
Belos textos, valente...
A realidade não te faz mal quando desligas o computador?
:)
(é apenas uma pergunta, sem qualquer esboço de convicção..)
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