sábado, março 21, 2009

Dispersa e disconexa


Afundo me na minha própria existencia e tu continuas sempre lá para me salvar ...

segunda-feira, março 16, 2009

Putas de Lisboa


Vi este fim de semana num qualquer bar do bairro um cartaz que dizia "Putas de Lisboa", interessando me obviamente por este assunto fui ler. É uma peça de teatro que ainda não fomos ver mas que desde já recomendamos.

"Resultado de um trabalho de investigação durante mais de dois anos, com base em inúmeras entrevistas a pessoas que se dedicam à mais velha profissão do mundo. ï/oo uma co-produção Gota TeatroOficina e Kabuki ?" Centro d?TM)Arte. Neste drama irónico e atrevido, totalmente baseado em histórias reais, oscilando entre os momentos trágicos e outros hilariantes, contam-se as aventuras e desventuras de uma prostituta, um prostituto e um travesti que trabalham nas ruas de Lisboa."






Ficha Técnica


Data de Estreia: 19 de Março de 2009


Género: Drama


Encenação: Ricardo Bargão


Intérpretes: Elisabete Piecho, Márcio Oliveira, Marco Marques








terça-feira, março 10, 2009

A dança de um momento em nada infinito





Arrasta as mãos pela minha pele, traz a indolência nas mãos, não tenhas pressa, faz-me gemer. Deixa a tua pele derreter na minha pele, pousa aos teus lábios sedentos na ponta dos meus dedos, leva-me ao arrepio e ao suave contorcer de quem está prestes a suplicar por mais.
Agita-me os sentidos com o teu cheiro, eleva-me com a tua boca até ao plano do ser imortal e do orgasmo permanentemente suspenso. Sente o fervilhar do meu sangue, aproxima o teu ouvido da minha boca, para que oiças o meu ofegante tesão.
Não descures de um único milímetro da minha pele, é sede que sinto, e vontade que tenho, quero-te agora, deixa-me provar-te, até à última gota de suor fino, reticente.
Sinto-te tremer, sinto-nos tremer. Ácido da doce essência que levas À boca, com sofreguidão e carinho.
Deita o teu corpo no meu, apenas por agora, desliza a tua pele na minha, deixa o teu cheiro no meu.
Deixa as mãos dançarem neste infinito prazer, nesta deliciosa valsa de desejo e dança de fogo.

Inquebrável?

Caíram as asas,
caiu a ave…

Sentada no chão,
sinto-me em pedaços,
Procuro a massa da vida,
E só encontro o sangue para beber.

A escada antes,
hoje a queda.

Que se quebrem as asas,
que desabem os céus!


Enrolo-me na frenética essência que me atormenta,
esta que não se cala e apenas me deixa no chão…

são sons,
são sabores...

Vidas antes, vida agora.
Que sentir é este sentir?
Que travo é este na boca?
viúva de brilho nos olhos,
paixão apagada,
vontade de voar…

Destinos ausentes,
apenas na mente.

Coração aperto,
aperto de mãos ansiosas
contra um peito angustiado

Esfrego as pestanas com a vontade de saber,
a pele estalou,
seca…

Seca de vontade,
cheia de frustração
Mas apenas cai no chão e parti

quinta-feira, março 05, 2009

Mente que mente, corpo que sente


Laços perdidos, agora achados, feridas lambidas, ainda não saradas, necessidades constantes, mas não saciadas… febre, é febre que me consome, a febre de uma cura que não existe, de uma perda eminente, de uma escolha, de uma início, de um estágio… o meu corpo contorce-se, a minha mente debate, caio no chão, e ali fico inerte.

É a minha escolha, é o sabor da lágrima enferrujada.

quarta-feira, março 04, 2009

Apenas, que se dane! Anda.





Estou cansada de deambular neste mundo

Onde estás? Onde foste parar?


Sorriso caído para debaixo de uma pedra, escondido e tímido.

Com medo de se mostrar, de viver…

Cuspido no chão com desdém, procura com sofreguidão o pedaço de chão desaparecido.



Fuga num espaço não físico, procuro de um pedaço de matéria

Fogo desesperado, loucura desenfreada.

vazio que me acompanha

lógica sem rumo

É dor? É fome…

Que a luz fere os olhos.

Eles não me conhecem.

Havia nos teus olhos luz, na tua mente ideias, haviam…

Sinto asco pelo mundo… sinto amor pelo mundo… sinto dó, muito dó pelo mundo


Cobra que se enrosca na minha pele, que me devora as entranhas…


Traz-me a manta, que afinal é frio deste espaço, deste mundo.


Anda, não olhes para trás, o que há a fazer é lá à frente