Sombria

Será do tempo?

Do ciúme?

Da vontade que tenho que meio mundo desapareça?

(Podia ao menos parar de chatear!)

Será do periodo?

Da inexperiência?

Da loucura?

...

Amigas, o Miguel Ângelo repôs a verdade!

E já à tanto tempo! Lá para 1509-10 andava esta grande puta a pintar genialmente cenas e personagens bíblicas, juntamente com matulões nus (a maluca...), de pescoço torcido para o tecto da capela do papa, a Sistina no Vaticano. Coitado, só não deu mais em doido por ser também um prodígio de força física. Há calhamaços inteiros dedicados a esta figura fantástica, que eu não li, só quero dar um pequeno exemplo que demonstre como esta era uma PUTA das valorosas.

O raio da culpa! Porque é que este raio de religião judaico-cristã governa o local onde nasci, pondo esta minha desafortunadita alma a aturar este tão funesto sentimento. Tanto trabalhinho que dá a certas pessoas mandá-la para o brejo, nunca o fazendo completamente. Não me parece o caso deste Miguel nesta altura, que aqui retrata o berço dessa peçonha que é a culpa. Nasce com o Bem e o Mal. A boa maciça Eva apanha descontraidamente a maçã da árvore da Vida, da mão da tentadora, enquanto o Adão vai lá buscar uma com um pouco mais de cobiça. Eva parece prestes a virar-se, como que para mostrar o belo fruto ao seu Adão periclitante. Ui, que vão chocar, Deus queira que não se aleijem... Não, acho que não. Cá para mim gostaram e não foi pouco, visto a trapalhada que foi depois com o Chefe, que os pôs a andar do Éden e tudo. Tadinhos. Minhas amigas, eu penso, e o Miguel Ângelo também, que o pecado original foi um broche!

Uma nota, um momento, uma música, um silêncio.

Há um sopro lá fora,
sem boca dona,
sem origem,
sem pele,
sem dom,
ou proeza.
Tem apenas o teu nome gravado,
Para até ti ser levado,
Vai em forma de recado,
E mesmo nada tendo dito,
Leva o meu alento para ti,
Escrito em palavras que não se sabem,
Apenas se sentem em formas de amor.

Carnaval!...

Pois que as putas são festeiras e foram para o melhor Carnaval de Portugal, a KO, foi para o Rio de Janeiro! PUTA!...

Mas não mudamos de cara, nem brincamos a uma personagem diferente, continuamos putas, com um pouco mais de brilhantina, e só posso dizer que o sucesso foi garantido!

Mas deixo os meus sinceros parabéns à puta do espanador, que encontramos numa esquina, e como amigas nos tratamos todas! Há muito boa profissional neste país… ui, se as há!

A pensar em mais

Desço distraída a mão pelo corpo, a ponta do dedo indicador, percorre leve o vale entre as minhas mamas, e ali desprende-se o primeiro arrepio… vou até ao mamilo direito, e rodopiando, sinto-lhe a firmeza, quase instantânea, e sinto a conexão no interior das minhas coxas… levo o indicador à boca, e volto-o a por ao caminho que está destinado, neste mesmo momento… ganha vida no meu ventre, rodopia sem destino e a minha mente divaga na perversidade, imagino mãos, muitas, que me acariciam, desejam e por mim anseiam, arqueio o corpo como se estivesse a ser queimada de prazer por todas estas mãos! São todas diferentes, nenhuma se assemelha. Mãos esticadas na minha direcção, loucas de tesão, mas apenas me tocam com as pontas dos indicadores…
Reviro-me, e a minha respiração acelera, o meu indicador escorrega até ao meu centro fervilhante, e aqui ronda o clítoris, suavemente, como uma língua paciente, com muita calma e pressão… o ritmo acelera, a respiração acelera e a minha pélvis ganhou vida, rítmica vai ao som de musica que acabei de inventar… viro-me de barriga para baixo e introduzo dois dedos na vagina, procuro o ponto G, rodopio sobre ele, em movimentos decididos e sinto a explosão! Na minha cabeça, no meu coração, na minha pele… contracções rítmicas, fortes, sugam-me os dedos!...
Deixo cair o meu corpo, fico quieta a recuperar o fôlego, pareço cansada, mas estou apenas a pensar em mais…

Há apenas uma razão para a existência, mas não sabendo qual, continuamos a nascer e a crescer, a morrer e a voltar, a existência continua demasiado complexa, resta viver, com certeza de nada, mas sempre com a emoção como guia, lamber sentimentos e abraçar aventuras, pendurarmo-nos no grande laço da ternura e até cair em garras de tentações, sair daqui e ir para ali, saltitar na música, sorrir em direcção ao céu, vestir o lindo vestido do amor.

Muitos parabéns à Amigável, possuidora dos maiores bens da existência, o amor limpo e em estado puro.

Nós desconfiamos mas se ela diz...

O Joãozinho (para não variar...)

O Joãozinho entra no quarto e apanha o pai a colocar um preservativo.
O pai, muito embaraçado, tenta esconder a sua erecção e o preservativo, baixando-se para olhar debaixo da cama.
Joãozinho diz:
O que estás a fazer, pai?
O pai responde:
Acho que vi um rato debaixo da cama.
Então, o Joãozinho pergunta:
E vais enrabá-lo ???

Fevereiro

Mês estranho este...

Comecemos pelo seu número de dias, inferior aos meses demais. É um mês concentradinho, não se dispersa e no que me diz respeito parece positivo: trabalha-se menos mas recebe-se o mesmo.
Depois temos o flagelo que é o Dia de S. Valentim, em que o conceito de romantismo se resume (para muito boa gente, mas felizmente não toda!) a um jantarzinho num restaurante. Pfff!
Este ano para contrabalançar temos o Carnaval, a folia, a dança, as maldades desculpas com um simples: "Mas é carnaval..."

Hã?... ok!