sexta-feira, novembro 30, 2007
Dezembro!
Hoje ficou somente o frio (porra!), a vontade de mergulhar de cabeça em todas as guloseimas que a quadra natalicía propicía e a sensação que perdemo nos algures com tantas compras e tanta correria.
quinta-feira, novembro 29, 2007
O Desejo
Um sorriso medido, um olhar pleno.
Uma carícia nos lábios.
- Fui eu quem faltou com o beijo?
- Este leque não tem a sede que os teus lábios me mandam.
E esta mão conduz o leque,
mas logo escorrega para a minha maminha ansiosa.
Anseio pelo teu toque…
Que equilíbrio precário: esta modéstia, quanto desejo lhe salta de por debaixo!
Amigas putas, toca a aprender com estas garinas velhas, que ela havia cada uma mais dissimulada! Vistam-se de cordeirinhos, minhas lobas. (Toca a ir engatar para os templos desse Portugal, por exemplo, de qualquer credo, que não somos esquisitas e estão cheios de pecadores, que por isso mesmo lá buscam a redenção. Mas incidam maioritariamente nos que insistem na história dos folhetinhos conversores das gentes desprevenidas, e que tanto nos irritam.) Isto é que é eficácia! Esta mestra, alegadamente, era casada com o pintor, aquilo é que deviam ser fervuras naquele lar…
Mas quem terá encenado esta pose, o artista ou a retratada? Qual terá sido a maior puta?
Esta puta impacienta-se.
Puta paciente
sexta-feira, novembro 23, 2007
Cuecas Wireless
quarta-feira, novembro 21, 2007
"E se eu nao morresse nunca e eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas - Cesário Verde"
Hoje quero apenas ser assim, num estado bruto, açucarado, sem perder o metálico, quero partir em caminhos de algodão virgem com sapatos de ferro!... Hoje não suporto o mundo, mas não vivo sem ele e agarro-me às paredes e procuro as feras que ao fundo rugem ao sentir o meu cheiro… corre em mim a vontade de correr, mas sem muito me mexer, olho para a janela que não tenho e vejo o mundo que afinal, é apenas meu; aquele que guardo dos tempos de menina na sala de aula, com chão de madeira velha, e janelas tão, mas tão grandes que cabiam lá camiões, que eu desenhava, megalómana, em folha e comparava os tamanhos à luz de um sol frio de Inverno…
Hoje é no meu mundo que me guardo, com medo de me perder no que me dão…
Nada neste mundo se perde, a não ser aquilo que se perde de certeza…
domingo, novembro 18, 2007
Novas abordagens!
quarta-feira, novembro 14, 2007
Succubus
Prende-me nos teus braços, e leva-me para longe daqui.
Deixa-me cair, desde a mais alta nuvem ao mais raso chão em câmara lenta, deixa-me saborear a água do céu, deixa-me sentir na boca a tua boca.
Envolve o meu corpo com as tuas grandes mãos, queima-me com a tua língua e procura-me de olhos fechados no escuro da noite, baixo a lua nova, baixo a lua cheia.
Olha-me, mas nunca nos olhos, poderás nunca mais querer sair, e eu não te vou querer sempre.
Canta o meu nome, com a voz de demónios e sente a fúria da minha essência a consumir-te a energia em espasmos violentos.
Não te percas na mesma estrada que eu, pois adorarás encontrár-me e não terás tempo para lamentar o sucedido.
segunda-feira, novembro 12, 2007
Por vezes cerro os punhos cheios de nada...
A chuva cai na minha pele à velocidade da tristeza na minha alma, nos olhos cinzentos trago a tristeza da cinza de madeiras queimadas nas madeixas de cabelos meus.
O caminho faz-se com passos lentos, mas torna-se maior, isolado e a bem ver, estou no deserto...
Solidão que me traz na mão; sete mares de lágrimas minhas.
Ao fundo do meu corpo tenho a marca da mágoa, na minha garganta o aperto de um nó que não se vê.
De que me serve explicar o meu mundo por palavras? Serão vãs e apenas consolos vazios e desentendidos, posso esperar.
A angústia sempre teve uma cura, mas é ela muito bruta.
Hoje sinto-me apenas enfraquecida, pode ser que amanhã ceda e me deixe ficar no regaço do silêncio.
quinta-feira, novembro 08, 2007
Dúvida:
(tentativa frustrada de puta) na mesma esquina onde estamos e vestida de cetim roxo da cabeça aos pés?
- damos lhe uns bons tabefes por tentarem roubar-nos o poiso
- chamamos uma ambulância porque vestida daquela maneira a mulher só pode estar mal
- ignoramos porque pode ser o efeito de alguma substância psicotrópica que ingerimos