terça-feira, junho 19, 2007

Ao meu grande amor…


Presa em mim mesma, com todos os ódios, os rancores, a ver o ácido resultante…
Serena, com uma visão analítica do porquê de tamanhas angústias, a consumir-me a velocidade indigentemente lenta, a corroer a visão colorida da vida, a mostrar que o amor é para os fracos, a sentir que nada mais pode fazer sentido que não aquela levada abusiva de cor…
Onde está a cor minha menina?

Onde deixaste o meu sorriso, pequena e adorável?
Sem saber o quão importante és para mim, sem saber que o teu amor tão generoso me tornou em alguém melhor, infinitamente melhor.
Onde nada mais tem espaço, que não o meu amor por ti.
Onde estás meu pequeno anjo da guarda, onde te escondes de mim?
Onde estás minha menina?

Quantas vezes te agradeci, por me escolheres para tua protecção neste mundo antes sem cor e agora tão vivo e feliz aos meus, antes, maltratados sentimentos?
Nunca serão as suficientes meu pequeno anjo… serás sempre o mais importante para mim na vida, mesmo que existam outras importâncias, serás sempre a que me mudou a visão, serás sempre a que despertou o melhor que há em mim, serás sempre o anjo que me escolheu, que me protege, que me ama, e nunca saberei se alcançarei esse grau de amor… mas tenciono amar-te como sei, com muita intensidade e ser fiel, tentarei não emergir no egoísmo de sofrer por te ver partir, crescendo, pois vai haver uma altura que me dirás, “ vou para longe, mas contigo no coração…” e vamos unificar as nossas lágrimas em saudades antecipadas num abraço intenso, com o muito que nos conhecemos, mas também com o mais que poderíamos conhecer, com o amor que temos, com o que aprendermos uma com a outra.

Resta-nos guardar na caixa os pontos fracos, os defeitos de cada uma e enaltecer as qualidades; numa cumplicidade única, temos a capacidade de perceber pensamentos através de olhares particulares, sabemos como nos portarmos em situações de pontuais desavenças, porque existem…

Tentarás mostrar-me muita coisa que eu terei dificuldade em compreender e sentirei medo de mudar, mas tenta compreender-me, está enraizado, há muito tempo, e como sabes, o teu orgulho é como o meu, admitimos que erramos, mas com um estranho paladar de derrota na boca. Não sejas muito exigente comigo, tal como eu vou tentar não sê-lo contigo, muitas das vezes só preciso de um pouco de silêncio, para arrumar ideias, preciso de um pouco de espaço, não porque te estou a ignorar, mas sim a pensar seriamente no que me dizes… nas tuas ideias claras e firmes, de quem tem a certeza do que aqui faz, os teus movimentos em sintonia com o mundo, a tua cordialidade com os enfadados, a tua paciência com os intransigentes, a tua sabedoria com os pretensiosos, a tua eficácia com os petulantes, a tua amizade para os que amas, a tua fidelidade para os que amas, a tua alegria para os que amas, a tua vitalidade para os que amas, a tua inteligência para o mundo, que amas…

O amor não tem fim nos teus olhos, a vida tem significado… perco-me no teu olhar embrulhada numa pura bolha de felicidade, decorada com balões coloridos, com cores que o mundo ainda não conhece, sigo o caminho de luz que emana o teu coração e sei que não voltarei a estar perdida, peço ao universo que me permita mais um pouco contigo, parecerá sempre o melhor momento da minha vida, pois o teu abraço é único, apertado, de uma suavidade inigualável, transmitindo a paz do grande oceano… a tua voz tem a melodia da água que corre nos rios que descansam no regaço do oceano, alimentado as mais belas formas de vida.

Tão única és, tão importante, tão amada… humilde agradeço a tua grandeza e o teu amor.

Onde está a cor, minha menina?...

1 comentário:

Anónimo disse...

Ai a menina...por onde anda ela, e quando vamos nós, putedo, voltar a vê-la?